Sem categoria

Ataque letal da Otan provoca crise entre Paquistão e EUA

No último sábado (26) um ataque da Otan matou 24 soldados paquistaneses. O fato gerou uma crise na relação entre o Paquistão e os Estados Unidos a ponto de o país do Oriente Médio ameaçar pôr fim à colaboração com as guerras que os EUA travam na região. O chefe do exército do Paquistão, Ashfaq Parvez Kiyani, afirmou, nesta sexta-feira (2) que suas tropas vão responder "com toda sua força" se voltarem a ser atacadas pela Otan, como informou a imprensa local.

Paquistão - AP

Em meio às crescentes tensões entre os países, o primeiro ministro paquistanês, Yousuf Raza Gilani, afirmou, na quarta-feira (30) que Washington deve se retirar da base militar paquistanesa de onde opera seus aviões não tripulados que realizam bombardeios na fronteira com o Afeganistão.

Paquistão enfurecido

Em protesto contra o incidente, o Paquistão já cancelou sua participação em uma conferência internacional sobre o Afeganistão, marcada para a semana que vem na Alemanha e fechou a fronteira às provisões da Otan ao Afeganistão,

"Já chega", afirmou o chanceler do país, Hina Rabbani Khar ao Senado paquistanês, segundo relato do jornal The News. "O governo não vai tolerar nenhum incidente que derrame uma só gota do sangue de um civil ou um soldado".

China declara apoio

Somando um novo elemento às tensões, a China se disse "profundamente chocada" com o incidente, e manifestou "forte preocupação pelas vítimas e profundas condolências ao Paquistão".

"A China acredita que a independência, a soberania e a integridade territorial do Paquistão devem ser respeitadas, e que o incidente deve ser minuciosamente investigado", disse o porta-voz Hong Lei em nota no site da chancelaria chinesa.

Com informações de agências