Fidel saúda ritmo da economia cubana: 12,5% ao ano

O presidente de Cuba, Fidel Castro, saudou o crescimento de 12,5% da economia cubana, face a igual período do ano anterior. Fidel falou para uma multidão de centenas de milhares de pessoas, na celebração de 1º de Maio na Pr

O crescimento do trimestre superou a marca anual alcançada em 2005, de 11,8%. Fidel destacou que o setor da construção civil cresceu 15%, o que permite cumprir o plano de habitação – imposto pelos vários furacões que fustigaram a Ilha. O plano prevê a construção de 52.700 novas moradias.
“O que a Revolução faz é absolutamente para o povo e para cumprir os deveres internacionalistas”, afirmou Fidel Castro. Na sua avaliação, “o país está administrando corretamente os seus recursos”. E ele agradeceu com ironia ao bloqueio imposto há quatro décadas pelo governo dos EUA: “Obrigado, porque nos fez crescer, ganhar altura”, afirmou.
Bush, “cúmplice de terroristas”
Em outro trecho do discurso, Fidel acusou a administração George  W. Bush de cúmplice do terrorismo internacional. Ele  se referia à proteção dada por Washington “aos autores de monstruosos crimes contra Cuba e outros países”, na América Latina e no mundo.
Fidel apresentou, como prova dessa aliança com terroristas, o reconhecimento agora oficializado dos vínculos do FBI e da CIA c om a operação que permitiu ao terrorista Luis Posada Carriles entrar nos EUA e ali abrigar-se. O fato, reiteradamente denunciado pelo governo cubano, era negado pelas autoridades dos EUA. Agora, porém, foi admitido pelo Serviço de Imigração e outras instâncias, con forme noticiou a imprensa americana.
Elogio ao protesto nos EUA
“Posada Carriles continua a desfrutar de privilégios, enquanto milhares de imigrantes ilegais são perseguidos, encarcerados e enviados de volta a suas nações, em meio à maior mobilização dos latinos nas últimas décadas”, disse Fidel Castro. Ele se referia ao megaprotesto marcado para hoje nos EUA, contra um projeto de lei do governo Bush que os latino-americanos consideram racista.
Fidel citou um artigo do jornal mexicano Por Esto, que acusa autoridades federais mexicanas de ajudar o ingresso de Posada em território dos EUA. A denúncia pôs em xeque a credibidade de Washington, “se é que lhe restava algum”, ironizou o presidente cubano.
O discurso citou também a recente detenção, em Los Angeles, do terrorista de origem cubana Robert Ferro, que guardava em sua casa nada menos que 1.571 armas. Ferro confessou sua vinculação com o grupo anti-Cuba Alpha 66, assim como a entrega de parte das armas pelo próprio governo dos EUA.
Com informações da
agência Prensa Latina