Trabalhadores vigilantes do Maranhão podem parar

Os trabalhadores vigilantes do maranhão estão em plena campanha salarial. As negociações não têm sido fáceis e por isso mesmo, sem resultados favoráveis aos trabalhadores. a deflagração de uma greve geral da categoria amanhã (

Os trabalhadores em empresas de vigilância querem reajuste de 15%, aumento do valor do tíquete alimentação e cumprimento de vários direitos sociais.


Do outro lado, os patrões propõem apenas 3,5% de reajuste e se negam a discutir as cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho. Por causa desse impasse, o Sindicato dos Vigilantes e Empregados em Empresas de Segurança, Vigilância e Transportes de Valores do Maranhão (Sindvig-MA) realizará amanhã (dia 9) a partir das 8 horas, na sede do sindicato (rua Castro Alves, 584, Retiro Natal), uma manifestação pública.

A expectativa é que os trabalhadores entrem em greve por tempo indeterminado a partir desse ato público, pois suas assembléias gerais aprovaram esse indicativo, condicionando ao andamento das negociações. “Como a categoria já se decidiu pela greve e as negociações estão emperradas, provavelmente começaremos a paralisação a partir desta quarta-feira”, avalia o presidente do Sindvig-MA, Luiz Gonzaga.

Já foram realizadas duas rodadas de negociação. O pedido inicial de recomposição salarial era de 25%. Mas na última reunião, o Sinddvig-MA apresentou proposta de 15%. Isso elevaria o piso dos atuais R$ 507 para R$ 583. Ela foi recusada pelo sindicato patronal. A contraproposta dos patrões é reajuste de 3,5%. Também se negaram a discutir as cláusulas sociais (reajuste do tíquete-alimentação; implantação imediata do colete à prova de bala como EPI – equipamento de proteção individual; adicional de risco de vida etc).

A paralisação dos vigilantes deve trazer como conseqüência, imediata, a suspensão dos serviços de segurança em bancos, órgãos públicos e empresas privadas. O sindicato dos trabalhadores garante que a greve é sempre o último cartucho usado pelos trabalhadores diante de situações como a que fora criado até o momento na negociação deste ano. Não há outro caminho.