Jornalista Paulo Markun é eleito presidente da TV Cultura

O jornalista Paulo Markun é o novo diretor-presidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Rádio e TV Cultura. Seu nome foi ratificado após votação favorável de 38 dos 41 conselheiros presentes, na manhã desta segunda-feira (7), durante reunião do C

A reunião estipulou que Jorge da Cunha Lima fica com o cargo de presidente do conselho e aprovou a indicação do empresário Luiz Fernando Furquim como conselheiro. Também foram empossados, no conselho curador da fundação, os jornalistas Eugênio Bucci, Gustavo Ioschpe, Luiz Gonzaga Belluzzo, Matinas Suzuki Jr. e Rubens Barbosa.


 


Na reunião, segundo informou a assessoria de imprensa da Cultura, a maioria dos conselheiros enfatizou a necessidade da consolidação da TV Pública no Brasil. A TV Cultura depende de verbas estatais para sobreviver, apesar de tentar passar uma imagem de independência atribuída às TVs públicas


 


O eleito


 


Markun assume a presidência da emissora no dia 14 de junho para um mandato de três anos. Ele substitui Marcos Mendonça, que ocupa o cargo desde 2004. Nascido em São Paulo em 1952, sendo jornalista profissional desde 1971, Paulo Markun já foi repórter, editor, comentarista, chefe de reportagem e diretor de redação em emissoras de televisão, jornais e revistas.


 


Diretor e apresentador do programa Roda Viva, na TV Cultura (às segundas-feiras, às 22h40), recriou na internet o Jornal de Debates e preside o Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de Santa Catarina. Ele também é autor de oito documentários e doze livros.


 


Processo em xeque


 


Markun é muito respeitado entre os funcionários da casa. Mas os funcionários, que têm apenas um voto na eleição do conselho, cogitavam sua abstenção como protesto pela forma como o processo eletivo é conduzido. Consideram que é feito sempre de maneira pouco transparente e subordinada à vontade do governo.


 


Paulo Markun trabalhava na Cultura com Vladimir Herzog quando foram presos pela ditadura. Vladimir morreu na cadeia, e Markun foi demitido, perdendo os direitos trabalhistas retroativamente. Trinta e e dois anos depois, o novo presidnete da fundação disse que só vai falar publicamente sobre seus planos na TV Cultura depois da posse.