ONG mantida pela prefeitura de Goiânia para atendimento a crianças é acusada de desvio de dinheiro

A organização não-governamental Sociedade Cidadão 2000, onde são atendidas cerca de 4 mil crianças e adolescentes, mantida pela Prefeitura de Goiânia, foi acusada de desvio de dinheiro das ações sociais.
Uma auditoria realizada pela Câmara Municipal comprovou que ao longo de seis meses, a prefeitura repassou quase R$ 6 milhões para a ONG, mas esse recurso foi mal utilizado.
Segundo a auditoria, houve superfaturamento de alimentos, descontrole de compras, descumprimento da lei de licitações, presença de atravessadores e desvios de dinheiro e material.
Uma intervenção afastou o coordenador-geral da ONG, Sebastião Irene de Araújo, que estava no cargo desde o início de 2005 e Fernando Santana foi apontado pela prefeitura como interventor da Cidadão 2000.
Denúncias indicaram que há vários meses as crianças estavam sofrendo com a falta de materiais de limpeza e auxílio pedagógico, além de alimentos como arroz, feijão e leite.
Fundada desde 1993, a Sociedade Cidadão 2000 tinha como objetivo atender crianças entre 7 e 14 anos em situação de risco social, nos Núcleos de Educação Comunitária, chamados de Nuecs, instaladas nas periferia de Goiânia.
Os Nuecs deveriam oferecer programas de prevenção para que crianças e adolescentes não permanecessem nas ruas, como atividades pedagógicas e lazer. Além de quatro refeições por dia.
A ONG também tinha como programa criar oficinas de aprendizagem para que jovens de 14 á 18 anos ingressarem no mercado de trabalho.
Agora o Ministério Público será responsável pelas investigações.