Franklin Martins: Rede pública de TV sai agora ou nunca mais

“Se não construirmos agora essa rede pública de televisão, nós não construiremos nunca mais”, disparou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins. Foi ao participar da cerimônia de posse do novo presidente

Segundo o jornalista, “estamos às portas de uma revolução”, marcada pela entrada da TV digital. “Se essa transição consolidar o modelo no qual a TV pública não tem espaço, não haverá TV pública depois”, acrescentou.


 


Franklin reconheceu que a Radiobrás obteve “avanços extraordinários” e conquistou respeito nos últimos anos. Ele destacou, no entanto, que os funcionários da empresa têm agora a missão de implementar a rede pública – “um enorme desafio”, conforme suas palavras.


 


“Existe da parte do governo federal uma firme disposição de ajudar a levantar uma rede pública de televisão e, posteriormente, de rádio  no país que seja capaz de cumprir o papel que a Constituição determina”, avaliou. “Evidentemente, que não vamos inventar a roda – vamos fazer a roda rodar. E a espinha dorsal desse processo será a unificação das estruturas de comunicação do próprio governo federal”, disse.


 


Continuidade


 


O ministro admitiu que, apesar de ser “fascinante”, o desafio de implementar a rede apresenta dificuldades. O país, segundo ele, só vai ganhar essa “batalha” se os desafios, em especial nos campos político, jurídico, tecnológico e das corporações, forem decididamente encarados. Ele disse estar seguro que de que a Radiobrás, sob o comando de José Roberto Garcez, vai saber enfrentar as demandas, mas disse não subestimar “as dificuldades que teremos pela frente”.


 


“Vou dizer que os próximos meses serão difíceis porque nós teremos de mexer com hábitos, costumes, com coisas estabelecidas”, anunciou. “Mas eu acho que vale a pena, porque onde nós queremos chegar é muito importante: é a construção de uma rede pública de televisão e, posteriormente, de rádio.”


 


Franklin endossou o trabalho de Bucci e disse que Garcez foi escolhido presidente da Radiobrás para dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo realizado na empresa. “Desejamos uma perspectiva de continuidade, ou seja, de prosseguir com o trabalho que já vinha sendo feito e, evidentemente, fazer novas circunstâncias.”


 


Da Redação, com informações da Agência Brasil