Vídeos online: Por que o “Joost” é a TV do futuro?

Alexandre Barbosa, do Portal Estadão, especula sobre o Joost: “Plataforma de IPTV criada pelo inventor do Skype pode revolucionar vídeo online”. Na opinião do repórter – e de muitos especialistas -, “a TV do futuro existe e aten

Tivemos a oportunidade de avaliar a versão beta do Joost, o novo serviço de vídeo e que, até onde é possível dizer, tem potencial para mudar a forma como se consome vídeo online.


 


Primeiro, não podemos confundir o Joost com o YouTube ou algo do gênero. O serviço está para o vídeo na internet assim como o Skype está para a voz sobre IP. E não é por coincidência, já que foi criado pelo mesmo cérebro: o programador Niklas Zennstrom, que já havia ficado rico ao criar ao Kazaa (rede P2P), ficou mais ainda ao vender o Skype para o eBay e agora pode fazer isso pela terceira vez com o Joost.


 


Segundo, o inovador do Joost não é a sua programação, fraquíssima e que está reduzida a uma meia dúzia de canais e vídeos de produtoras alternativas. O revolucionário está na sua plataforma, que pode cruzar metadados, comunicação, tags e outras tendências de computação distribuída combinando o consumo de vídeos com a interação do usuário.


 


A interface


 


A interface do Joost é simples e intuitiva. Os menus são dispostos ao redor da área de visualização e desaparecem enquanto o vídeo escolhido vai rodando. Diferentemente dos canais de TV, onde existem fluxos de vídeo sendo exibidos em tempo real e o usuário escolhe ao que assistir, no Joost cada programa é um arquivo individual, que pode ser pausado e adiantado até o fim.


 


Também há publicidade: um spot comercial no início da visualização de cada arquivo e outro na metade de cada clipe. Também há uma ferramenta de busca, para que o usuário encontre itens de seu interesse por palavras-chave ou navegue nas tags – as marcações feitas por usuários e que permitem selecionar conteúdos por tipo, viabilizando a criação de grades personalizadas de acordo com o gosto de cada um.


 


O usuário pode, por exemplo, selecionar uma série de canais do menu geral e acrescentar ao seu particular ou então navegar entre as opções selecionadas pelo serviço ou eleitas a partir do voto dos usuários.


 


Feedback


 


Na parte de ferramentas, as Widgets, há ainda aplicativos de comunicação instantânea, notícias, quadros de avisos, uma ferramenta para atribuir notas aos vídeos, incluindo a questão da interação com as redes sociais e preferência dos usuários.


 


A qualidade dos vídeos varia muito conforme os arquivos originais, mas, entre os vídeos de boa qualidade, a taxa de compressão é muito boa, preservando um nível de pixelização aceitável para um beta em banda larga. O contraste dos vídeos também é bom e os clipes conseguem segurar entre 27 e 30 quadros por segundo, algo próximo à experiência da TV.


 


O beta está limitado a apenas algumas centenas de usuários que estão avaliando a performance e as funções do Joost – então não espere uma versão final (e gratuita, como o Skype) disponível tão cedo.


 


Disponibilidade com facilidade


 


Nem é o caso, afinal o foco do Joost, embora seja servir o usuário final, está em fornecer às redes de TV uma plataforma digital que seja a um só tempo flexível para lidar com grandes acervos e que possa ajudá-las a gerar renda na Web.


 


Ou lucrar em serviços de IPTV, em especial aquelas redes que ainda não dispõem de uma estratégia consistente para apresentar seus vídeos na internet. Entre os peixes grandes que estão avaliando a adoção da ferramenta estão alguns grandes conglomerados de mídia, como a Sony e a Viacom.


 


A empresa, claro, não está sozinha nesta praia, já que competidores como o serviço Babelgum, uma outra plataforma de IPTV também em fase de desenvolvimento e que, a exemplo do Joost, quer fornecer aplicativos que combinem a disponibilidade dos vídeos com a facilidade do usuário montar uma grade de acordo com suas preferências.


 


Fonte: Portal Estadão