Greve dos PFs interrompe Operação Furacão

A megaoperação Furacão, ou Hurricane, sobre conexões entre bicheiros, bingos e autoridades policiais e judiciárias, está suspensa até a meia-noite desta quarta-feira (18), devido à paralisação de 24 horas decidida pelos funcionários da Polícia Federal. So

Estima-se que mais de 9 mil agentes aderiram à  paralisação de 24 horas. O diretor de inteligência da PF, Renato Porciúncula, que coordena a Operação Furacão, está entre eles. “Estamos dando apoio ao movimento”, declarou. Os servidores da Polícia Federal já fizeram uma paralisação parcial de 24 horas na quarta-feira passada (11).



Furacão causou impacto



A Operação Furacão, que teve início na sexta-feira (13), causou impacto na opinião pública devido às imagens de montanhas de dinheiro vivo, jóias, carros de luxo e até uma possante lancha de 41 pés (14 metros). Entre os presos, há delegados da própria PF, desembargadores e um irmão do ministro Paulo Medina (Superior Tribunal de Justiça), suspeito de integrar a organização criminosa.



O movimento dos policiais federais exige que o governo cumpra o acordo firmado em 2006, concedendo 60% de reajuste salarial em duas parcelas. “A primeira seria paga em julho e outra em dezembro. Não vimos um centavo. O governo não cumpre a própria palavra”, acusou o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, Luís Cláudio Avelar.



A categoria reivindica ainda que seja enviada para aprovação do Congresso Nacional a lei orgânica da PF. “Somos regidos pela lei do servidor público”, criticou Avelar. Quer ainda a realização de concursos, dispensando os trabalhadores terceirizados e devolvendo as atividades originais àqueles que estão em desvio de função, por exemplo policiais que fazem trabalho administrativo.



da redação, com agências