OMS: Tratamento contra a malária aumentou na África

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que houve melhora no atendimento e tratamento a pessoas atingidas pela malária, segundo o angolano Luís Sambo, diretor regional da OMS na África.

Aumentou o número de doentes com acesso a tratamento contra malária no continente africano, revelou o diretor regional para África da Organização Mundial da Saúde (OMS), o angolano Luís Sambo.

Numa mensagem alusiva ao Dia Africano de Luta contra a Malária, comemorado em 25 de abril em todo o continente, Sambo afirmou que esse aumento deve-se à introdução de terapias combinadas com base na amodiaquina.

A malária (também conhecida por paludismo) mata anualmente entre 1,5 e 2,7 milhões de pessoas no mundo, 90% delas na África.

Nos países mais afetados, como Angola, por exemplo, a doença afeta principalmente as mulheres grávidas e as crianças, conta Maria José Costa, membro da equipa local da OMS.

"Anualmente são notificados cerca de três milhões de casos clínicos e 35 mil mortes. As mulheres grávidas e as crianças com menos de cinco anos continuam a ser as principais vítimas desta doença representando 25% das mortes maternas e 35% das mortes entre os menores de cinco anos", disse Maria José

Segundo ela, as autoridades angolanas estão implementando medidas de prevenção, com destaque para a distribuição de mosquiteiros impregnados.

"O Ministério da Saúde, com o apoio dos parceiros, promove durante o mês de julho uma campanha de vacinação com várias intervenções. Todas as crianças que forem vacinadas contra o sarampo e a pólio vão receber medicamentos como a Mevendezol e a Vitamina A assim como um mosquiteiro. Além disso, é realizada a pulverização domiciliar", acrescentou.

Já as medidas no domínio terapêutico incluem a distribuição de medicamentos e o reforço dos quadros de saúde, segundo a técnica da OMS.

"No ano passado, foi elaborada uma nova política de tratamento da malária simples com a introdução de uma terapêutica combinada com base na Artemisinina, o medicamento mais eficaz contra a doença e recomendado pela OMS. A nova política foi elaborada no ano passado, entrando em vigor esta semana com a distribuição de Quartin em algumas províncias. Além disso, o Ministério da Saúde, com o apoio de parcerias, está formando e reforçando os meios humanos a nível provincial", concluiu a médica.

Fonte: Rádio das Nações Unidas