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Políticos de vários partidos prestam última homenagem a Alencar

Políticos de diversos partidos participaram nesta quarta-feira (30) do velório do ex-vice-presidente José Alencar. Senadores, governadores, ministros e deputados foram ao Palácio do Planalto dar o último adeus a Alencar.

Alencar morreu nesta terça-feira (29), em São Paulo, aos 79 anos. Sua morte gerou comoção em todo o Brasil e repercussão em todo o Brasil e no exterior. Veja o que alguns dos políticos presentes ao velório disseram:

Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal:

– Ele ficou para a nossa história. Foi um grande patriota que ajudou muito o nosso país, em todos os aspectos. Como exemplo de vida tanto na atividade privada como na atividade política. […] Vamos abrir o hospital da Criança, que é um hospital do câncer, e ele era um grande patrocinador desse hospital. Então nesse hospital da criança, que nós vamos até em abril fazer o contrato de gestão, ele vai ser chamado Hospital da Criança José Alencar.

Aloizio Mercadante, ministro de Ciência e Tecnologia:
– Foi uma perda muito grande para o Brasil. Ele sempre foi uma pessoa muito determinada, alegre e firme nos seus ideais, acho que é um exemplo e como exemplo é a única coisa que consola. Que o Brasil deve muito a ele e tenho certeza que ele entrará para a história com o lugar que ele merece.

Antonio Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal:
– Foi um homem público extremamente sério, extremamente correto, que acompanhava as políticas públicas de perto. Era uma pessoa que dignificou e honrou o cargo de vice-presidente da República e presidente efetivamente, por cerca de 400 dias foi presidente em exercício, mais tempo que muitos presidentes que a história do Brasil teve como titular do cargo e deixou-nos um exemplo de vida extremamente profundo. Esse seu amor pela vida, essa sua luta contra a doença comoveu toda a nação.

Eunício Oliveira, senador e ex-ministro das Comunicações:
– Fiz uma viagem de fortaleza a Brasília com o vice-presidente, e uma auxiliar trazia remédio para ele, e ele dizia “eu já estou além do que deus está me permitindo. Troque esse remédio por uma boa conversa e traga almoço farto porque quero conversar com o meu ex-ministro”.

José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil:
– Para mim ele foi quase como uma pai, porque nos momentos mais difíceis que passei, e não foram poucos, ele sempre esteve ao meu lado, e ao lado de Lula também. O Lula perde um irmão e o país perde uma grande liderança.

Rubens Bueno, deputado federal (PPS-PR):
– Alencar deixa um legado importante para o país, um homem decidido e determinado, e, sobretudo, respeitoso às oposições, sobretudo ao meu partido (PPS). Ele foi um democrata que soube cumprir o seu papel e eleito pelo povo, o que é fundamental.

Ayres Britto, ministro do Supremo Tribunal Federal:
– Alencar foi um homem que caprichou na alegria de viver, resistiu bravamente às adversidades e cresceu interiormente, eveluiu como ser humano e espírtio, passou por aqui e não perdeu a viagem.

Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara dos Deputados:
– O legado que ele nos deixa é um legado de patriotismo. José Alencar foi um daqueles homens que orgulhou o Brasil, a nossa história, e que se soma a outros que passaram pela nossa história: Getúlio Vargas, Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Tancredo Neves. Como disse Getúlio Vargas: ele sai da vida, mas entra para a história do nosso Brasil (…) "Se todos nós nos inspirarmos na figura, na história de José Alencar, nos transformaremos todos num pouco mais patrióticos, amaremos mais nosso país. É um homem que acreditou no País, na vida, demonstrou uma força e uma trajetória e na luta incansável pelo Brasil e pela vida. O que ele demonstrou aos portadores de câncer do Brasil, à nossa sociedade em relação a sua força e sua esperança é algo inacreditável", completou.
Maia anunciou que irá propor que a Casa edite um livro em homenagem ao ex-vice-presidente José Alencar.

Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul:
– Teve uma importância extraordinária porque era uma espécie de consciência crítica daqueles setores do empresariado que visualizavam oportunidades de ter um modelo econômico centrado no mercado interno e de valorização da nossa base produtiva história. O Brasil era um país muito conservador na ampla maioria do seu empresariado. Ainda racionava com aquela dialética da Guerra Fria, e o José Alencar foi um banho frio na Guerra Fria, mostrou que o País pode se unir.

Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB:
– A Nação brasileira perdeu um de seus ardorosos defensores com o falecimento de José Alencar. Se tivéssemos de defini-lo numa só palavra, sem relutar, proclamaríamos: um destacado patriota, um eminente brasileiro. Uma personalidade de relevo que ajudou o Brasil a adentrar e a percorrer um tempo novo.