Ato pelo Passe Livre reúne mais de 7 mil em Manaus-AM

''O movimento estudantil, unificado para as mudanças no Brasil''. Esse foi o tom da passeata em favor do passe-livre que mobilizou mais de 7 mil estudantes e paralisou o Centro da cidade. O propósito da manifestação é conscientizar a sociedade da validade

A massa composta por estudantes da rede pública de ensino, representantes dos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCE) da Ufam e UEA, militantes da União da Juventude Socialista (UJS) e entidades estudantis como Umes, Ubes,
UNE, aderiram ao movimento com faixas, bandeiras e grito de guerra.



 
O Projeto de Lei (PL) já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e no mês de abril deve ser aprovado na Comissão de Economia e Finanças. A previsão é que em maio o PL tenha aprovação no plenário da Câmara, de acordo com o vereador Marcelo Ramos.
 
Quanto à expectativa do beneficio entrar em vigor o vereador (Ramos) afirma: ''Vamos fazer um esforço para discutir e compor a regulamentação do direito até o final desse ano. Depende muito da mobilização dos estudantes. Eles sensibilizaram a sociedade de que essa luta é justa e agora a câmara sensível com a pressão e o apelo popular também vai aprovar o mais rápido possível''.
                                                           
Para Renan Alencar, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), o movimento estudantil requer que seja aprovada na íntegra a proposta de emenda à lei orgânica do município apresentada pelo vereador Marcelo Ramos no último dia 12 de fevereiro. ''Estamos encontrando dificuldades de alguns vereadores que estão apresentando emendas à emenda para outras categorias''.
 
Uma das principais bandeiras da juventude é garantir o acesso e permanência dos estudantes na escola e beneficiar a renda familiar. Na opinião da estudante universitária Mayanna Neves, se o jovem é o futuro do Brasil, o principal ponto para tornar isso concreto é a partir da educação. ''A educação precisa ser universalizada. Um dos fatores para evitar a evasão escolar é que exista igualdade, que assim como o burguês o proletário tenha condições de estar na sala de aula, e o Passe Livre é importante nessa luta'', encerra.
 
O apoio parlamentar foi endossado pela vereadora Lúcia Antony que relembrou a conquista da meia-passagem na década de 80 pelo movimento estudantil organizado. ''Essa conquista ajudou a sociedade a se desenvolver, porque jovem na escola significa menos violência e mais justiça''.
 
O vereador Massami Miki (PSL), que apoiou o ato, disse que a discussão está bem avançada na Câmara, cuja próxima etapa é discutir a planilha de custos. ''A Câmara é favorável a essa questão desde que seja para o estudante da rede pública municipal, estadual e federal de curso formal''. Segundo ele, a proposta será encaminhada ao prefeito Serafim Corrêa nos próximos dias, bem como os critérios do passe-livre será discutido junto ao empresariado. ''Não queremos ter prejuízo nem para o estudante, nem para o empresário, nem para a prefeitura,'' disse Massami. 
  
Nem o veto do diretor do Instituto de Educação do Amazonas (IEA) para que os alunos menores não pudessem sair para a manifestação, não impediu a caminhada que percorreu a rua Ramos Ferreira, seguiu pela avenida Epaminondas e encerrou na Praça do Congresso.
 



De Manaus,
Cinthia Guimarães