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PMDB e PT selam acordo sobre revezamento no comando da Câmara

O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que está fechado o acordo de rodízio com o PT na presidência da Câmara. O próprio líder é o candidato do PMDB, mas só assumirá daqui a dois anos. O presidente da Câmara no primeiro biênio do governo Dilma Rousseff será um petista.

O acerto entre os dois partidos é quase uma garantia de eleição do representante petista para o comando da Casa. Mas não impede que outras forças políticas, incluindo a oposição, lancem seus próprios candidatos. O acordo das bancadas petista e peemedebista da Câmara não se estene ao Senado, onde o PT também queria que valesse a regra do revezamento, mas até agora não conseguiu convencer o PMDB.

Em entrevista ao site Congresso em Foco, Eduardo Alves confirma que "adiou" seu projeto de presidir a Câmara em 2011. A fala de Henrique Alves, porém, pode ser um aceno para a negociação dos demais pontos exigidos pela bancada peemedebista na Câmara, numa moção assinada pelos deputados ontem (1º). No documento, os deputados sugerem que Henrique seja interlocutor nas negociações sobre a formação do novo governo e reafirmam que apoiam seu nome para presidir a Casa.

Segundo Alves, nesta quinta-feira (1º), o presidente do PT, José Eduardo Dutra, telefonou para o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), comunicando que os petistas devem formalizar a tese do rodízio na presidência da Câmara. Num biênio, petistas, e noutro, peemedebistas. Será do PT o direito de escolher o período em que querem dirigir a Casa.

O deputado explica: "Já que o PT tem a maior bancada, nós do PMDB daremos a eles o direito de decidir se querem comandar a Casa neste primeiro biênio ou no próximo. Provavelmente eles vão querer agora. Ficaram de até terça-feira decidir o nome que o PT indicará. Aí faremos um documento, assinado pelo presidente do PMDB e pelo presidente do PT, selando o apoio de uma bancada à eleição do presidente de outra bancada em cada biênio. E pronto, o acordo estará formalizado. Está tudo combinado", disse.

O líder do governo e potencial candidato ao cargo, Cândido Vaccarezza (PT-SP) já disse que os petistas querem o primeiro biênio. A reunião do PT vai acontecer na próxima terça-feira (7), quando será escolhido o candidato do partido ao cargo mais importante da Casa. Mas a disputa interna é grande. Quatro nomes está no páreo. Além de Vaccarezza, os deputados petistas Arlindo Chinaglia (SP), João Paulo (SP) e Marco Maia (RS) desejam ser candidatos.

Informado das declarações de Alves, Vaccarezza não comemorou. Disse apenas que isso mostra que PT e PMDB não vão brigar por conta da disputa pelo cargo. “Se ele já disse, ele já resolveu o problema”, disse ele ao Congresso em Foco, minutos depois da entrevista de Alves.“Não vai ter briga. O PMDB é um grande partido: a tendência é a gente chegar a um grande acordo”, comentou Vaccarezza.

Da redação,
com agências