Egito pede que Israel revele detalhes sobre massacre de 1967

O ministro de Relações Exteriores do Egito, Ahmed Abu el Gheit, pediu a Israel que revele “toda a verdade” sobre o massacre de prisioneiros egípcios por parte do Exército israelense durante a guerra de 1967.

O chefe da diplomacia egípcia fez a declaração nesta sexta-feira (9/3), ao voltar da Tunísia para o Egito. Ele conversou com os dirigentes tunisianos sobre os preparativos da Cúpula Árabe, prevista para os dias 27 e 28 na Arábia Saudita, segundo o jornal “Ahram”.



Na semana passada, foi exibido em Israel um documentário afirmando que cerca de 250 militares egípcios foram assassinados por uma unidade do Exército israelense.



O chefe da diplomacia egípcia ressaltou a necessidade de as autoridades israelenses “investigarem o caso e adotarem as medidas convenientes para que ganharem a confiança do povo egípcio”.


Ruptura
Apesar da crescente pressão política e popular egípcia, que exige a ruptura de laços diplomáticos com Israel, o chanceler excluiu a possibilidade. Para ele, esse não é “o meio ideal” já que “o Egito é capaz de dialogar, manter contatos e discutir os assuntos”.



Israel recomendou na quarta-feira que os israelenses saiam da Jordânia e do Egito, por temer um ataque.



Após os primeiros protestos populares no Cairo, Israel entregou ontem uma cópia do filme e a tradução completa do roteiro.



O Egito retomou seus laços diplomáticos com Israel como parte do tratado de paz assinado em 1979.