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Plataforma da Rede Feminista: mulheres votam pela saúde integral

"A saúde das mulheres e os seus direitos sexuais e reprodutivos são um tema político de primeira grandeza, cuja garantia depende de uma sociedade democrática e organizada, com a participação das mulheres e de um estado laico sem influência religiosa". Com esta introdução, a Rede Feminista de Saúde lança a sua plataforma para as eleições 2010. O candidato ao governo do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) foi um dos que já recebeu o documento da entidade.

Candidato ao Governo gaúcho, Tarso Genro (PT) recebeu a plataforma da Rede

A Rede Feminista de Saúde apresenta sua plataforma para as Eleições 2010. O objetivo é abrir o diálogo político com candidatas e candidatos às eleições de 2010 e subsidiar os movimentos de mulheres e feministas para que argumentem em favor da saúde baseada no direito das mulheres à saúde integral, direitos sexuais e reprodutivos e encorajem muitas mulheres a buscar cargos legislativos e executivos.

Para a organização, "estas eleições devem desafiar o país para ampliar o compromisso das pessoas que tomam as decisões para que de fato assumam as políticas para equidade". Elas defendem que o 2º Plano Nacional de Políticas para as Mulheres deve ser executado na integralidade pela União, estados e municípios, sendo ampliado com as deliberações da 2ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres que não foram incluídas no plano, como a iniciativa de descriminalização do aborto, "um grave problema de saúde pública no país", defende texto veiculado na página da Rede Feminista.

Mortes absolutamente evitáveis

"Hoje, no Brasil, as mulheres brasileiras de todas as idades ainda adoecem e morrem por causas absolutamente evitáveis. Adoecem e morrem na gestação, no parto e no puerpério, porque não conseguem planejar, não desejam a gestação ou não a conseguem evitar", explica o texo do movimento. 

Segundo a organização, as brasileiras adoecem e morrem ainda de câncer de mama e de colo de útero e outras enfermidades porque as detectam tardiamente e o tratamento chega muitas vezes quando a vida já está comprometida.

"Em especial as mulheres pobres, negras, indígenas e rurais e as com menor escolaridade, são vitimadas pela negação do direito à saúde como direito humano", constata o texto.

Plataforma: por políticas de prevenção e cuidado

Os 17 pontos apresentados na Plataforma da Rede Feminista de Saúde para as eleições 2010, além da descriminalização do aborto, defendem políticas para mulheres jovens, idosas, das diversas etnias, em situação de privação de liberdade e outras segmentações. As políticas propostas, em sua maioria, tratam de prevenção e de cuidados específicos por segmento. A Lei Maria da Penha também ocupa um dos pontos eleitos como prioritários pela organização.

Da redação, Luana Bonone, com Rede Feminista