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Buscas por desaparecidos na Guerrilha do Araguaia serão retomadas

O Ministério da Defesa vai retomar as buscas por desaparecidos políticos da Guerrilha do Araguaia neste domingo (22). A quarta expedição será feita no cemitério de Xambioá, no Tocantins. Em julho, o grupo criado pelo ministério fez um rastreamento no local para identificar possíveis pontos de escavação.

De acordo com o Ministério, a exploração em Tocantins demorou a ser realizada porque dependia de autorização judicial, já que a área que será escavada é um cemitério. Nesta expedição, deverão ser recolhidos materiais para análise em laboratório.

Somente essa análise poderá indicar se os despojos têm alguma relação com a guerrilha ou se são restos mortais de alguma pessoa não relacionada com o episódio. Os materiais encontrados serão enviados para o Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB).

A Guerrilha do Araguaia foi um movimento do início da década de 1970, que surgiu para enfrentar a ditadura militar. Muitos guerrilheiros e militares foram mortos em combates na selva amazônica. Até hoje, dezenas de participantes do movimento estão desaparecidos. No ano passado, a juíza da 1ª Vara Federal do Distrito Federal, Solange Salgado, determinou que o governo federal reiniciasse as buscas na região.

Indenizações

Paralelamente às buscas pelos corpos dos desaparecidos, o Governo brasileiro está promovendo a reparação econômica aos anistiados políticos perseguidos pela ditadura militar (1964-1985). O pagamento das indenizações somam R$ 3,019 bilhões nos últimos sete anos.

Os dados estão no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e inclui os valores das prestações mensais permanentes e continuadas (R$ 1,353 bilhão) e da indenização retroativa (R$ 1,663 bilhão).

Conforme a Lei 10.559/2002, que regulamenta o Artigo 8º do Ato das Disposições Constitucionais Provisórias (Constituição Federal), o pagamento da indenização depende do reconhecimento pelo Ministério da Justiça da condição de anistiado político. Os valores são baseados no tempo em que o anistiado ficou afastado das atividades profissionais por motivo exclusivamente político.

Qualquer cidadão pode acionar a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça (61-2025.3675; 61-2025.3150), o Ministério Público Federal (61-3105.5100) ou Tribunal de Contas da União (0800-6441500) para pedir informações e apresentar denúncias quanto ao pagamento indevido de indenizações.

Informações Agência Brasil