Leci conversa com hip hop e diz que rap é a música de protesto

Na noite de quarta-feira (18/8), na Livraria Suburbano Convicto, no Bixiga (região central de São Paulo), Leci Brandão reuniu integrantes do movimento hip hop de São Paulo, escritores da literatura marginal, músicos do rap e da MPB e representantes de movimentos sociais da periferia para uma conversa sobre política e cultura. Organizado por Alessandro Buzo (escritor e dono da livraria Suburbano), o encontro reuniu também professores e educadores da capital

Leci e Hip Hop

Durante cerca de 3 horas, Leci falou sobre sua trajetória como artista e cidadã, apresentou suas propostas como candidata a deputada estadual pelo PCdoB e debateu ideias sobre como fortalecer a cultura produzida em regiões periféricas do Estado de São Paulo.

Leci fez duras críticas ao corte do programa “Manos e Minas” da grade de programação da TV Cultura.

“Hoje em dia, quem faz música de protesto em São Paulo é o pessoal do hip hop”, explicou Leci, que comparou seu protesto como artista à música produzida pelo rap nas últimas duas décadas.

No final do encontro, Leci prometeu retornar para novos diálogos com o movimento hip hop. “Quanto estiver eleita, vou voltar a todos os lugares por onde passei durante a campanha! Quero buscar propostas, inclusive de vocês do Hip Hop”, disse.

Pelo telefone, Leci ainda recebeu o apoio de Rappin N´Hood. O rapper, que deu a ela a oportunidade de aparecer pela primeira vez em um videoclipe (“Sou Negrão”), não pode comparecer ao bate-papo com Leci por ter um compromisso artístico no mesmo horário. Mas fez questão de registrar seu apoio.

Alessandro Buzo considerou a conversa com a candidata “esclarecedora”. “Já conhecíamos o talento da Leci como cantora, mas o que vimos nesta noite foi um show de cidadania, humildade e atitude.”

Foto: Marilda Borges (Livraria Suburbano Convicto)