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Classe trabalhadora hondurenha anuncia greve geral

Os trabalhadores reclamam que o Governo de Porfírio Lobo, sucessor do regime golpista, não decretou o aumento salarial enquanto que os custos da cesta básica e da atenção sanitária são cada vez mais elevados. A paralisação geral dos empregados hondurenhos também busca respaldar o protesto dos professores da nação, a quem o Governo deve mais de 159 milhões de dólares.

Três sindicatos que agrupam a maior parte dos trabalhadores em Honduras anunciaram que nos próximos dias iniciarão uma greve geral para demandar aumento salarial e em repúdio à Lei de Emprego Temporário que, de acordo com os dirigentes do grêmio, atenta contra seus direitos.

A Central Geral de Trabalhadores (CGT), a Confederação de Trabalhadores e a Confederação Unitária de Trabalhadores de Honduras serão os entes que convocarão a greve geral.

"Cada organização irá fazer um chamado às bases para irmos à greve geral", disse Luis Ramírez, vice coordenador da CGT.

O sindicato dos trabalhadores acordou a realização da greve neste sábado durante uma reunião na cidade de San Pedro Sula, que contou com a participação de mais de 300 dirigentes e afiliados.

Os empregados hondurenhos repudiam o alto custo dos alimentos e da atenção à saúde, enquanto que o salário permanece muito abaixo do que necessitam para cobrir as necessidades básicas.

A greve geral também será convocada para repudiar a Lei de Emprego Temporário, promovida pelo governo do sucessor do regime de facto, Porfírio Lobo.

Por consenso os trabalhadores repudiam o instrumento legal por considerar que o projeto de lei ameaça os direitos à estabilidade laboral, às férias, aos bônus, à maternidade e aos benefícios sociais.

A Lei de Emprego Temporário, promovida pelo presidente do Congresso, Juan Orlando Hernández, atenta contra as garantias incluídas no Código do Trabalho e nos convênios internacionais, tal como o afirma o grêmio.

A greve geral dos trabalhadores também busca respaldar a greve iniciada pelos professores nesta nação em exigência ao pagamento de uma milionária dívida acumulada pelo Governo Porfírio Lobo com o Instituto de Professores do Magistério (Inpremah).

Os educadores exigem do Governo hondurenho o cancelamento de suas pensões e benefícios, um montante que supera os 159 milhões de dólares.

Honduras desenvolve-se em um ambiente de crise, desde que o ex-presidente constitucional da nação, Manuel Zelaya, foi derrotado mediante um golpe militar no dia 28 de junho de 2009. Depois da data citada foi instalado um regime de fato que realizou eleições gerais nas quais foi eleito Lobo, com um amplo número de abstenções e sob denúncias de violações aos Direitos Humanos.

Desde então a nação padece os efeitos do golpe de Estado. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), demonstrou que o índice local de desenvolvimento humano de Honduras segue estancado em 0,7% desde junho de 2009, abaixo da média da América Latina.

Fontes: teleSUR – Pl – Avn / ld – FC
Traduzido para o Diário Liberdade por Lucas Morais (@luckaz)