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Com governos de direita, México e Chile já acenam para Honduras

Governados por presidentes abertamente de direita, México e Chile anunciaram que pretendem regularizar suas relações com Honduras. A investida soa como uma trégua injustificável a um país cujo presidente, Porfirio Lobo, não é reconhecido por parte da comunidade internacional. Lobo foi eleito no pleito convocado após a deposição golpista do então mandatário, Manuel Zelaya.

O posicionamento de México e Chile não é compartilhado pela maioria dos governos sul-americanos, que continuam resistindo a readmitir Honduras na OEA (Organização dos Estados Americanos). O país caribenho foi expulso do organismo logo após o golpe de Estado de junho de 2009.

Um dos governos mais resistentes a Honduras é o do Brasil. O Itamaraty acaba de confirmar que a gestão de Lobo permanecerá sem ser reconhecida e que as relações bilaterais seguem suspensas. A iniciativa será mantida até que Zelaya esteja ameaçado de ser preso se voltar ao país, como acontece atualmente.

A despeito dessa tendência, o governo mexicano anunciou a tentativa de normalizar os laços bilaterais por acreditar que, supostamente, há "avanços significativos" depois da crise iniciada com o golpe de Estado. Segundo a chancelaria, a administração de Felipe Calderón instruiu seu embaixador em Honduras a "regressar a Tegucigalpa e retomar suas funções diplomáticas nos primeiros dias da próxima semana".

Anúncio semelhante fez na manhã deste domingo (31) o Chile, cujo ministro de Relações Exteriores, Alfredo Moreno, comunicou a decisão de restabelecer plenamente os vínculos diplomáticos. Moreno opinou que o governo hondurenho adotou medidas que tendem à normalização e à "redemocratização" do país. O chanceler acrescentou que Chile enviará o embaixador Sergio Verdugo na segunda-feira a Tegucigalpa para reassumir o cargo.

Da Redação, com informações da Ansa Latina