Suplicy participa de ação de apoio a Marcelo Buzzeto

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ministrará, no dia 1º de Março, a aula inaugural do professor de sociologia Marcelo Buzetto, no Centro Universitário Fundação Santo André, preso desde 19 de Janeiro no Centro de Progressão Penitenciaria de São Miguel Paul

Buzetto, professor do Centro Universitário Fundação Santo André e da Universidade Metodista, além de membro da direção do Sindicato dos Professores do ABC e da coordenação estadual do MST, é acusado de participar de um saque de 14 toneladas de macarrão, em 1999. O acampamento Nova Canudos, em Porto Feliz, interior de São Paulo, com cerca de 800 famílias, mobilizou-se em torno de uma manifestação para denunciar as precárias condições em que viviam, sem alimento nem condições básicas de vida. A manifestação se transformou em saque de três caminhões de alimentos.


 


Segundo os advogados do setor de direitos humanos do MST, Buzetto chegou ao acampamento apenas depois dos incidentes, com a finalidade de acompanhar as ações do contingente de 400 policiais enviados com ordens para revistar o acampamento em busca da carga saqueada. Durante a noite, deixou o local em direção a sua residência, no grande ABC, quando foi interceptado pela policia e levado para a delegacia. Buzetto, que dava carona a alguns acampados, foi indiciado por roubo e recepção de carga, permanecendo 28 dias na prisão. Depois, foi posto em liberdade para responder o processo.


 


O professor foi sentenciado a seis anos e quatro meses de prisão, em regime semi-aberto, mas cumpria a pena em regime aberto, devido a falta de vagas no sistema. No dia 19 de janeiro deste ano, em audiência no Fórum, onde era obrigado a comparecer mensalmente, recebeu ordem de prisão, por conta da liberação de uma vaga no regime semi-aberto.


 


A defesa havia pedido revisão do processo, por acreditar na existência de irregularidades no julgamento. Para eles, o juiz de primeira instância não analisou todas as circunstâncias judiciais do crime, o que violaria os critérios para a fixação da penal. Os advogados também sustentavam que os princípios do julgamento público não foram respeitados, bem como os da fundamentação das decisões. Em outubro de 2006, porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) recusou o pedido de revisão do processo, segundo a edição de 13 de outubro da Revista Consultor Jurídico.



 


Contra a criminalização dos movimentos sociais


 


 


A prisão do professor mobilizou diversas entidades e personalidades que apóiam os movimentos sociais e que se uniram para criar o Comitê de Defesa da Democracia e Liberdade aos Presos Políticos, que se reúne quinzenalmente na sede do Sindicato dos Advogados de São Paulo.


 


O comitê prepara uma pesquisa sobre a situação dos presos políticos no Brasil. Alem de organizar as ações de solidariedade como a criação de uma conta solidária, destinada aos familiares dos presos e o agendamento de visitas de advogados, parlamentares e religiosos.


 


Uma agenda de atividades é tirada quinzenalmente nestas reuniões, entre elas esta prevista a aula inaugural do senador Eduardo Suplicy na Fundação Santo André, no dia 1 de março, às 20h, e a distribuição de um boletim informando a situação do professor aos alunos da Fundação e da Universidade Metodista, de onde é professor licenciado, para conclusão de doutorado na PUC/SP.


 


Serviço


 


Comitê de defesa da democracia e liberdade aos presos políticos entre em contato com
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(11) 3663.1068