Duas pesquisas indicam janeiro melhor para o emprego

Duas pesquisas independentes, uma do Ministério do Trabalho e outra do Seade/Dieese, apontaram nesta quarta-feira (28) uma tendência de queda do desemprego em janeiro passado. As duas apontaram o segundo melhor mês de janeiro de suas respectivas séries hi

O Brasil registrou a criação de 105.468 empregos com carteira assinada em janeiro, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados  pelo Ministério do Trabalho. Esse foi o segundo melhor resultado para meses de janeiro da série histórica, salientou o ministro Luiz Marinho.
Em janeiro de 2006, foram criados 86.616 empregos com carteira assinada. O melhor janeiro da série foi em 2005, quando abriram 115.972 vagas. Em todo o ano do ano passado, o Caged registrou geração de 1.228.686 empregos formais.



Seade/Dieese: melhor janeiro desde 97



A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo teve também o segundo melhor resultado para meses de janeiro: 14,4%. O número é da pesquisa realizada em conjunto pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e o Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). O menor janeiro registrado anteriormente foi o de 1997: 13,9%.



Na comparação com dezembro de 2006 (14,2%), no entanto, o nível cresceu 0,2 ponto percentual, com o corte de 67 mil vagas. Foi o primeiro recuo após seis meses consecutivos das taxas de desemprego do Seade/Dieese.



Nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo a taxa de desocupação de mão de obra chegou a 14,4% da população economicamente ativa, que soma 10,089 milhões de pessoas. Isto significa quem em janeiro estavam sem emprego 1,456 milhão de pessoas. Fazem parte da população economicamente ativa todas as pessoas com idade a partir de 10 anos que estão trabalhando ou à procura de trabalho.



O setor de serviços foi o que mais eliminou postos de trabalho, com 79 mil empregados a menos, e a indústria fechou 31 mil vagas. O comércio contratou 33 mil pessoas e, no agregado outros setores (serviços de embaixada, representações oficiais e políticas e não-especificados), houve ampliação de 10 mil postos de trabalho.
Para o coordenador técnico da pesquisa, Alexandre Loloian, o resultado foi normal para o período, já que o aquecimento do mercado sempre começa depois do primeiro trimestre. “Essa taxa de janeiro é baixa mas mantém as conquistas em termos de redução do desemprego alcançadas nos últimos três anos. Desde 2004 a economia vem crescendo, não de forma espetacular, e o emprego também vem crescendo e vem caindo a taxa de desemprego”.



Da redação, com agências