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Rede na internet marcará novo perfil da UJS-2010

A construção da Rede UJS, que pretende interligar os perfis de 100 mil jovens e interagir com outras redes sociais na internet "vai ser um grande desafio para a UJS no próximo período". A afirmação é de André Tokarski, indicado para encabeçar a União da Juventude Socialista a partir deste sábado (19), quando a entidade encerrar em Salvador o seu 15º Congresso. Ele se empenhou pessoalmente na criação da Rede, que acaba de entrar em funcionamento.

André Tokarski

Goiano, 26 anos e recém-formado em direito pela UJG,Tokarski foi ganho para as virtudes da Rede UJS ao pilotar a Secretaria de Organização da organização, nos últimos dois anos. O original projeto tem um pé na comunicação e outro na organização.

Nesta sexta-feira (18), a mesa que debateu a Rede foi uma das mais concorridas entre as muitas que disputaram o interesse dos 2 mil delegados, no Centro de Convenções da capital baiana, em frente à Praia de Piatã.

99% com blog, twitter, Orkut…

Ignorando a tentação da praia, mais de uma centena de jovens vindos do Rio Grande do Sul ao Acre iniciaram um debate que entrou pela noite Na mesa estavam Tokarski e o secretário de Comunicação da UJS, Fernando Henrique Borgonovi, de São Paulo. Com algum atraso devido a problemas técnicos, o debate foi acompanhado também via internet.

Uma rápida rodada de apresentações revelou que 99% da plateia era formada por gente com blog, twitter, Orkut, MSN e outros formatos de interação social na internet. Todos, sem exceção, saudaram a criação da Rede UJS. Na lan-house do Congresso, desde o primeiro dia, delegados de diferentes origens e graus de familiaridade com a internet fizeram fila para criar os seus perfis na Rede UJS.

Em entrevista ao Vermelho, Tokarski manifestou um engajamento e um entusiasmo pessoais com o projeto da Rede UJS. Para ele, a internet é um imenso "ponto de encontro da juventude"; e a Rede, a forma correta da UJS compartecer ao encontro. Veja a entrevista.

Vermelho: A Rede vai ser prioridade de sua gestão`na presidência da UJS?

André Tokarski: Este vai ser um grande desafio para a UJS no próximo período. Ao construir a nossa própria rede social, estamos tentando aproveitar ao máximo as oportunidades que a internet oferece.

Sempre ficam dizendo à juventude o que ela pode ou não pode fazer. Enquanto a internet é um espaço de interação fora dessa tutela. E para nós é também um espaço da militância, para dentro e para fora da UJS, de colocar o blog, a foto, o vídeo. A internet é hoje um ponto de encontro da juventude. Ao lançar a Rede UJS a gente quer estar neste encontro.

Nossa meta é colocar 100 mil jovens nestas rede. Hoje, temos cerca de 50 mil no nosso banco de dados. Nosso desafio, além das eleições e outros, é chegar nos próximos dois anos com 100 mil perfis na Rede, que correspondem mais ou menos ao número de jovens que circulam em torno da UJS.Estamos apostando que nestes dois anos outros avanços tecnológicos virão, e que vai avançar o plano do governo de banda larga parta todos.

Vermelho: Que posição o Congresso da UJS vai tomar em relação às eleições de outubro?

Tokarski: Vamos aprovar uma flataforma com propostas, sobre temas que efetivamente têm a ver com a vida da juventude. Vão ser algumas bandeiras. Por exemplo, a destinação de 50% dos recursos do pré-sal para a educação.

Ainda está em debate, mas é possível que a gente proponha a criação do Ministério da Juventude.Hoje o tema é tratado por uma Secretaria Especial, o que faz com que esta não consiga dialogar com os ministérios. Isto quando o país possui 50 milhões de jovens, mais de um quarto da população brasileira.

Vão entrar também outros temas da vivência juvenil. Por mais simples que poss parecer, o que a juventude busca é o direito de ser feliz. Sem privações, sem desemprego, sem violência: simplesmente ser feliz.

Vermelho: Então a UJS vai fazer como a UNE, que, estimulada por vocês, decidiu não apoiar nenhum candidato presidencial?

Tokarski: Não. AS UJS é a União da Juventude Socialista. Representa a uniuão dequela juventude que quer lutar pelo socialismo. Então, nesta eleição, ela vai lutar abertamente pelo avanço, contra o retrocersso, pela eleição da Dilma Rousseff.

É claro que a UNE e a Ubes também têm lado. Mas elas são entidades muito mais amplas, representam um leque muito mais variado. No Coneg da UNE (o Conselho Nacional da entidade, que aconteceu em abril passado) setores estudantis do PT pressionaram por um apoio da UNE a Dilma; mas o próprio José Eduardo Dutra, presidente do PT, que estava presente, disse que ele achava certo a entidade não apoiar um candidato.