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Arruda fica calado em depoimento na PF sobre esquema de corrupção

Ao contrário do ex-vice-governador Paulo Octávio, que na última sexta (26) depôs espontaneamente no inquérito que investiga o esquema de corrupção no Distrito Federal, o ex-governador José Roberto Arruda ficou calado por orientação dos seu advogado Nélio Machado no depoimento que estava marcado para esta segunda (29), às 14, no prédio da Polícia Federal, local onde se encontra preso desde 11 de fevereiro, acusado de tentar subornar testemunha do processo.

O advogado de Arruda protocolou uma petição no Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforçando o pedido de revogação da prisão e informando sobre a decisão de impedir que o ex-governador preste depoimento. Segundo ele, Arruda só vai depor depois que a defesa obter as cópias dos autos do processo.

“O Ministério Público sabe tudo. O delegado provavelmente também. E eu só vou permitir que o governador se manifeste de forma plena na medida que eu tenha acesso irrestrito à apuração feita até agora. Está faltando tudo. Não tivemos acesso aos vídeos, às perícias”, disse à imprensa o advogado Nélio Machado.

A PF terá que ouvir até quinta (1º) todos os 42 acusados de participar do esquema de corrupção no DF. Para isso, montou um esquema com oito equipes contendo delegados, escrivães e peritos.

Além de Arruda, estavam programados para dar depoimentos o ex-presidente da Câmara Distrital, Leonardo Prudente, conhecido por ter sido flagrado colocando dinheiro na meia – e que renunciou ao mandato -; e o ex-assessor de imprensa Omézio Pontes, além dos ex-secretários José Geraldo Maciel (Casa Civil) e José Luiz Valente (Educação).

Pela manhã, a PF ouviu o ex-secretário de Comunicação do Governo do Distrito Federal, Welligton Moraes, que está preso na Papuda, também acusado de envolvimento na tentativa de suborno de testemunha.

Estão marcados também os depoimentos de Luiz França, ex-subsecretário de Justiça; de Gibrail Gebrim, ex-assessor da Secretaria de Educação do Distrito Federal; e dos empresários Marcelo Carvalho (ex-executivo do Grupo Paulo Octávio), José Abdon (dono da AB Produções, que cuidava do marketing de Arruda) e Alcyr Colaço (controlador do jornal Tribunal do Brasil, que foi flagrado em fita de vídeo colocando dinheiro na cueca).

Da Sucursal de Brasília com Agências