UJS lança movimento ao 50º Congresso da UNE

Por Carla Santos, do Rio de Janeiro


 


“Eu quero é botar meu bloco na rua” é o nome do movimento lançado pela União da Juventude Socialista (UJS) ao 50º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). O lançamento ocorreu na sext

Sete dias de programação intensa da Bienal não foram suficientes para aplacar o ânimo dos estudantes no lançamento do movimento. Cenas da Culturata da 5º Bienal, que ocupou o terreno 132 das entidades na Praia do Flamengo, foram rememoradas a todo momento. Presidentes de uniões estaduais de estudantes (Uee´s), de diretórios centrais de estudantes (Dce´s) e diretores da UNE falaram aos estudantes que saudaram as intervenções com palavras de ordem.


 


Intensificar a pressão por mudanças na política econômica é uma das questões centrais apontadas pelo Manifesto do movimento. “Avanços aconteceram no primeiro mandato, mas é preciso ir mais longe para que as expectativas do povo brasileiro não sejam frustradas. Hoje consideramos que o passo mais importante para que essas mudanças aconteçam é uma alteração na política econômica que garanta desenvolvimento, emprego e distribuição de renda. Um primeiro passo já foi dado, com o anúncio de medidas em prol do desenvolvimento, mas elas serão insuficientes se, por exemplo, os juros não forem derrubados fortemente, e o superávit primário não for reduzido ainda mais. Dito de outro modo, para desenvolver o Brasil vai ser necessário romper completamente com as amarras deixadas pelo governo Fernando Henrique”, diz o Manifesto.


 


A aprovação da Reforma Universitária será outra bandeira que deve ser pautada pelos estudantes ao longo do processo de mobilização para o Congresso da UNE. “Nosso bloco exige que o Presidente Lula, que se comprometeu com a aprovação de uma reforma avançada para as universidades brasileiras, não ceda às pressões dos tubarões do ensino e aprove a reforma no conjunto do seu texto original e ampliando para conquistas positivas”, diz ainda o Manifesto. Questões como o Projeto de Lei (PL) Renildo Calheiros de mensalidades e a inclusão da emenda da UNE que versa sobre o aumento da verba destinada a assistência estudantil nas universidades públicas são pontos nodais para o movimento.


 


O presidente nacional da UJS, Marcelo Gavião, declarou que “foi a UJS a força que propôs a ocupação do terreno. Foram as nossas lideranças na UNE e na UBES que sugeriram nos fóruns das entidades que fosse feita a ocupação e isso significou mais um gol, mais uma vitória da UJS a frente destas importantes entidades. Lançamos o movimento ‘Eu quero é botar meu bloco na rua’ com essa mesma ousadia. Sabemos que somente com muita mobilização e passagens em sala de aula será possível pautar uma nova política econômica e a aprovação da Reforma Universitária que defendemos”.     


 


Centenas de independentes apoiaram o movimento que deve viver seu primeiro teste de força no 55º Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEG) da UNE. É no CONEG, que se realizará de 30 de março a 1º de abril de 2007, que a entidade decidirá a data e possíveis locais para a realização do 50º Congresso da entidade. As regulamentação das mudanças do próximo Congresso da UNE será questão chave para qualquer movimento que pretenda aprovar suas propostas e eleger o novo presidente da entidade.


 


Leia aqui o manifesto