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Marcha da Maconha ocorre sábado em Salvador

Nesta semana a Bahia recebe a Marcha da Maconha, evento que busca mobilizar a sociedade para debater a políticas públicas e leis sobre drogas.

- AE

A Marcha da Maconha se constitui em uma caminhada Pelo Respeito à Diversidade, Cidadania e Direitos Humanos na Elaboração de Políticas Públicas e Leis sobre Drogas. A próxima manifestação está marcada para ocorrer em Salvador (BA) no próximo sábado (5/12), com concentração às 16h no Farol da Barra.  

Por se tratar de uma manifestação que tem por objetivo alterar a legislação, que proíbe e criminaliza o uso e a comercialização de substancias psicoativas, a própria organização da passeata sugere que menores de 18 anos compareçam a manifestação acompanhados de seus responsáveis. Além disso, fazem questão de deixar bastante claro que "enquanto a legislação não for alterada, continua sendo proibido o porte e uso destas substancia, e que a não observação destas normas permanece sendo considerado um crime em nossa sociedade. (Lei Anti-drogas – 11.343)", para evitar o uso de substâncias ilícitas durante a atividade, que tem por objetivo promover o debate a respeito da legalização de drogas como a maconha, conforme o próprio nome do movimento sugere. 

A iniciativa da Marcha é da Rede Ananda, que traz textos, pesquisas, vídeos e outras informações sobre o tema da legalização em sua página eletrônica. Segundo material de divulgação, "o dia 5 de dezembro deverá ser marcado por uma passeata em clima de muita música, irreverência e descontração. O Evento é aberto ao público e todo cidadão é bem vindo e poderá manifestar sua opinião a respeito do uso da maconha e outras drogas de forma livre e democrática".

Até a data da Marcha a Ananda organiza diversas atividades preparatórias como debates,, palestras e oficinas de arte, com divulgação disponível na página eletrônica da organização.

Histórico

Em maio de 2008, os integrantes da chamada Rede Ananda (Ativistas, Redutores de Danos e Pesquisadores Associados), grupo antiproibicionista que defende a reformulação da atual legislação anti-drogas no país, foram impedidos de realizar em Salvador, em caráter simultâneo com outras cidades, uma manifestação pública denominada Marcha da Maconha. Desde então, o grupo foi investigado sob a falsa alegação de associação com o narcotráfico e de estar cometendo crime de apologia e incentivo ao uso de drogas, tendo inclusive, alguns de seus membros investigados e intimados a prestar depoimento à polícia.

Em 2009 a repressão ao grupo se repetiu, na forma de uma nova proibição, mas dessa vez os ativistas entraram na justiça e encararam uma a batalha judicial contra o Ministério Público para provar a lisura de suas atividades e a legitimidade de seu direito de manifestação. No último dia 1º de setembro, a 1ª Câmara Criminal julgou o caso, e por unanimidade foi favorável aos ativistas da Ananda concedendo o Habeas Corpus que autoriza a realização da Marcha.

De São Paulo, Luana Bonone, com Ananda