Evo reafirma intenção de renegociar preço do gás com o Brasil

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta sexta-feira (19/1) que pretende renegociar o preço do gás boliviano vendido ao Brasil. Segundo ele, é preciso buscar um equilíbrio nessas negociações.

Evo participa, no Rio de Janeiro, da 32ª Reunião de Cúpula do Mercosul. A entrada da Bolívia no bloco é um dos principais temas do encontro.



De acordo com Evo, há diferenças consideráveis entre o preço do gás fornecido à região de Cuiabá, por exemplo, que sai a US$ 1,90 por milhão de BTUs (unidade de medida para gás) e o preço do produto praticado na Argentina, que é de US$ 5.



Ele acredita, no entanto, que o reajuste não causaria impacto nas contas da Petrobras. Sobre a construção do gasoduto que ligará a Venezuela ao Brasil e abastecerá o Norte e Nordeste brasileiro, Evo disse não estar incomodado.



Segundo o presidente boliviano, a relação entre os dois países (Bolívia e Venezuela) não foi prejudicada. “Os países têm o direito de buscar mercados, sem egoísmo”.



Integração
Evo defendeu também, durante entrevista coletiva, a necessidade de os países da América do Sul se integrarem para fazer frente ao “império formado pelas nações desenvolvidas”.



“Cuba já não luta sozinha pela independência em relação à hegemonia  norte-americana, outras nações vizinhas também agem dessa forma”, afirmou Evo, destacando que a região já não vive mais um período de “democracias servis”.