Após 20 meses, petróleo é cotado abaixo de US$ 50

A notícia de que os estoques norte-americanos estão maiores do que o previsto fez a cotação do petróleo ficar abaixo dos US$ 50 nesta quinta-feira (18/1) pela primeira vez desde 25 de maio de 2005.

A commodity chegou a valer US$ 49,90 durante o pregão em Nova York, mas se recuperou e terminou a quinta-feira valendo US$ 50,48 – queda de 3,37% em relação ao dia anterior. Desde o começo de 2007, o barril já se desvalorizou 18,86%.



Na Bolsa de Londres, a queda foi menos intensa. O petróleo caiu 1,95% e fechou o dia em US$ 51,75. A desvalorização desde o início de janeiro está em 16,71%. As reservas norte-americanas do produto cresceram 6,8 milhões de barris e chegaram a 321,5 milhões de barris, segundo relatório divulgado ontem. Analistas esperavam uma expansão de 100 mil a 325 mil barris.



Também ontem, a AIE (Agência Internacional de Energia) diminuiu sua previsão para o aumento da demanda mundial de petróleo em 2007. A estimativa atual é uma elevação de 1,6% – 0,1 ponto percentual menor do que a anterior. O organismo também reduziu sua estimativa para 2006: de expansão de 1,1% para 0,9%.



Para Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch & Associates, o preço pode chegar aos US$ 47 nas próximas duas semanas caso a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não convoque uma reunião de emergência.



Na terça-feira, o ministro saudita do Petróleo, Ali al Naimi, disse que a entidade não precisa realizar um encontro extraordinário para discutir um novo corte na sua produção. Para o representante do maior produtor mundial de petróleo, a cotação voltará a subir a partir de fevereiro.