Aldo reafirma que sua candidatura está mantida

Faltando apenas três semanas para as eleições para a presidência da Câmara dos Deputados, os dois candidatos da base do governo –Aldo Rebelo (PCdoB-SP), atual presidente, e Arlindo Chinaglia (PT-SP)– trocaram amabilidades no Palácio do Planalto nessa sexta-feira, posaram juntos para fotos, mas não retrocederam um passo na disputa.

Os dois candidatos foram convidados para a cerimônia em que Lula sancionou a lei do marco regulatório do saneamento básico. Como presidente da Câmara, Aldo teve lugar de honra e chegou ao salão da cerimônia acompanhando o presidente da República, enquanto o petista aguardava entre os demais convidados.

Depois da cerimônia e da saída de Lula, Chinaglia subiu ao tablado para conversar com Rebelo. A pedido dos fotógrafos, o ministro Tarso Genro juntou-se aos dois e todos posaram sorrindo.

''A democracia comporta a amizade, mas também comporta a disputa'', disse Rebelo depois da cena, indicando que não abre mão da disputa. Rebelo também considerou ''democrático'' o lançamento de uma terceira candidatura que vem sendo articulado na Câmara.

Já Arlindo Chinaglia afirmou que a eleição para a Presidência da Casa será ''um bom teste para a coalizão do governo'' no primeiro ano do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado se aceitaria um ministério para desistir de sua candidatura à Presidência da Câmara, Chinaglia reiterou que levará sua campanha até o fim.

Chinaglia descartou, inclusive, acatar o prazo de 20 de janeiro, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fixou para aguardar um acordo entre os dois. A data havia sido divulgada pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.

''Respeito muito o ministro Tarso, vejo que ele está trabalhando pela unidade da base, mas meu prazo é o dia das eleições, 1 de fevereiro'', disse Arlindo Chinaglia a jornalistas, avisando que não pretende retirar a candidatura.

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