Servidores de SP temem que Serra promova demissões em massa

Representantes das categorias mais numerosas do governo estadual, como professores e trabalhadores da saúde dizem que, a princípio, reclamam que o governador José Serra não dialogou com os servidores antes do anúncio da medida. Eles temem demissões.

Para a secretaria estadual de Finanças do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), Maria Isabel Noronha, não se trata de ser contra ou a favor do recadastramento.


 


“Desde o Covas, todo governo do PSDB começa com história de recadastramento e acaba em demissão. Se for isso, é claro que nos opomos”, diz ela, que defende critérios e regras claras para a coleta de dados. “Nunca sabemos o verdadeiro motivo desse tipo de levantamento. O governo não nos dá nem o número oficial de servidores nos hospitais”, reclama Hélcio Aparecido Marcelino, presidente da Federação dos Trabalhadores em Seguridade Social (Saúde, Previdência e Assistência. Social).


 



Segundo ele, há cerca de 160 mil servidores no setor, incluindo trabalhadores em autarquias e organizações sociais. Para ele, os dados cadastrais deveriam ser divulgados à população.


 



A tesoureira-geral do Centro do Professorado Paulista (CPP), Maria Alice Soares, diz que o recadastramento deve ter alternativas práticas para o funcionalismo.
“Deve ser algo bem feito e estruturado para não tumultuar a vida do servidor, como acontece freqüentemente com afastados por motivos de saúde, que são obrigados a comparecer até de ambulância quando convocados. Tudo isso por falta de alternativas”, reclama.


 


Fonte: Diário de S. Paulo