Para Fraquelli, próxima gestão deve elevar o Estado aos níveis do crescimento nacional e mundial

Ao projetar os debates da campanha eleitoral deste ano, o presidente récem-empossado da Fundação de Economia e Estatística, Antonio Carlos Fraquelli, afirmou ontem que os partidos devem se preparar para elemento que considera in&eacut

O maior desafio da próxima administração, destacou Fraquelli, será fazer com que o Estado não fique para trás na marcha do crescimento econômico nacional e mundial que, segundo prevê, se encaminham à aceleração. 'Há um período de prosperidade à vista e os eleitores deverão escolher quem se mostrar mais capacitado a fazer com que o Estado aproveite as oportunidades', disse. Ressaltou que os candidatos devem ter a responsabilidade de evitar que o tema da globalização não caia no discurso simplista, o que provocaria grave prejuízo. 'A próxima gestão deve romper a tradição de soluções emergenciais e burocráticas para problemas de caixa. Tem que ser ousada e enxergar mais longe para que o Estado possa ocupar, com o restante do Brasil, um lugar sólido na economia mundial', analisou.

Depois de 25 anos sem crescimento substancial, avaliou Fraquelli, o Brasil entrará em fase de aquecimento em 2007 e o Estado terá de acompanhar. 'Chega de lamentação, nossa capacidade está esgotada. Se países podem ressurgir de catástrofes e guerras, o Rio Grande do Sul tem condições de vencer dificuldades financeiras', sustentou. O economista apontou como mérito do governo Lula a manutenção do controle inflacionário e o fortalecimento da presença do Brasil no exterior. Segundo ele, hoje o país é observado por potências estrangeiras como ambiente propício a grandes investimentos. Calcula que, entre 2007 e 2008, haverá sinal verde para investidores internacionais que têm estudos preparados para expandir operações no Brasil.

Fraquelli alegou ainda que, em termos de projeção no exterior, o Rio Grande do Sul poderá seguir o mesmo caminho para captar investimentos e suprir as perdas de setores importantes da economia local que sofrem com a desvalorização cambial do dólar, como a indústria de calçados. 'A semente já foi plantada e grandes parceiros, como a China, reconhecem no Brasil excelente oportunidade. O governo gaúcho deve se apresentar a esses mercados como parte do Brasil e não como Estado isolado', destacou. Também considerou prioridade a manutenção do controle dos gastos públicos e o aumento dos investimentos em educação e infra-estrutura.

Fonte: Correio do Povo NET