Oposição libanesa prosseguirá manifestações para demitir governo

O secretário-general do partido libanês Hezbolá, Hassan Nasrallah, afirmou na noite de quinta-feira (7/12) que a frente de oposição libanesa não cessará seus protestos até conseguir a demissão do governo do primeiro-ministro, Fuad Siniora, protegido dos E

“Na grande manifestação do domingo, veremos que os que apostam em nossa rendição estão iludidos”, disse Nasrallah, em discurso transmitido por um telão instalado no centro de Beirute, onde milhares de manifestantes se reuniram.


 


Nasrallah destacou que o protesto da oposição pró-síria é “pacífico, civil e civilizado” e pediu que a morte de um jovem xiita de 20 anos, no domingo passado, não leve os manifestantes à violência.


 


“Quando mataram Ahmed Mahmud queriam nos empurrar para a revolta (…) mas rejeitamos a guerra civil e a discórdia”.


 


“Insistimos em nossas demandas, na formação de um governo de unidade nacional real (…) porque é a única maneira de prevenir qualquer tutela estrangeira sobre o Líbano”, argumentou.


 


“Rejeitamos qualquer tutela, de qualquer partido, seja inimigo, irmão ou amigo”, afirmou Nasrallah.


 


O secretário-geral assinalou que, apesar de tudo, “a oportunidade ainda existe e que as portas da negociação estão abertas”, e defendeu “a troca do atual governo por um governo de unidade nacional, liderado por Siniora”.


 


As forças da oposição convocaram os libaneses para “participar em massa de uma manifestação no próximo domingo, no centro de Beirute, em um dia histórico que nossa voz será ouvida”.


 


Siniora reafirmou hoje sua oferta para que a oposição volte a negociar: “Ainda que leve tempo, os libaneses deverão voltar a sentar juntos”.


 


As forças da oposição, integradas por partidários do Hezbolá, do Partido Comunista, por cristãos do movimento nacionalista do general Michel Aoun e xiitas da organização Amal, declaram que o governo atual é ilegítimo, já que a saída de seis ministros pertencentes à oposição provocou o fim do acordo que levou à eleição de um governo de unidade nacional em 2005.