Seminário discute Diferentes Diferenças

Começou nesta segunda-feira, (4), em Brasília, o Seminário Diferentes Diferenças. O evento, que prossegue até sexta-feira (8), pretende discutir políticas inclusivas de respeito à diversidade e aos direitos humanos.

O seminário vai promover a troca de experiências sobre a diversidade na educação – ensino indígena e sustentabilidade, educação, gênero e diversidade sexual, atuação pedagógica na educação de jovens e adultos (EJA), gravidez na adolescência, educação com foco na diversidade étnico-racial e educação no campo.


 


Segundo o representante do Ministério da Educação (MEC), Ricardo Henriques, o encontro será uma oportunidade para a reflexão sobre diferentes políticas inclusivas no enfrentamento dos problemas que geram as desigualdades. Para  Ricardo Henriques, “é possível produzir mais quando se valoriza a diversidade”.


 


A abertura de oportunidades para que as comunidades indígenas tenham seus próprios professores e a ampliação do espaço para os afrodescendentes nas universidades são dois fatores que para  o secretário contribuem para a construção de um novo cenário da educação no Brasil e para o aumento da capacidade de produção do País.


 


Programação cultural


O evento contará com uma extensão programação cultural, que estreou ao meio-dia desta segunda-feira, com a apresentação do grupo de percussão brasiliense Akótum, que usa instrumentos musicais africanos.


 


Uma oficina de pintura corporal indígena será oferecida, às 18h, ministrada por índios de diferentes etnias que falarão sobre as tradições e significados dos traços e das formas dos desenhos.


 


Dança, teatro, música, literatura e cinema contarão a história e os costumes, bem como as realizações e dificuldades do povo brasileiro. Entre as histórias, a trajetória de um pescador nordestino que deixa a família para caçar calango no Cerrado. É a lenda contada pelo grupo de percussão Seu Estrelo e o Fuá de Terreiro, que utiliza teatro, maracutu, artes plásticas, música e circo.


 


Educação, discriminação racial, prostituição infantil, experiências de projetos de combate à violência e incentivo à inclusão social serão abordados na amostragem de cinema. As exibições dos filmes serão seguidas de debates.


 


A programação inclui ainda a apresentação de documentários sobre o cotidiano e as tradições de aldeias indígenas, no projeto Vídeo nas Aldeias. Durante o seminário, os participantes poderão conferir um bazar permanente de artesanato afro e indígena.


 


As apresentações musicais incluem coral de crianças e a participação do grupo cultural AfroReggae.


 


A cultura popular estará presente com as danças regionais, como o cucuriá, bailado em roda das ruas de São Luís do Maranhão, e de uma oficina de literatura de cordel, sua história e seus principais elementos literários. O produto da oficina será a confecção de cordéis sobre as diferentes diferenças vivenciadas e discutidas durante o seminário.


 


Fonte: MEC