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Manifesto Classista lança Campanha Jota Presidente da CUT-MG

Iniciou-se, no dia 20 de Março, o processo Congressual da CUT-MG, que além de determinar os rumos da entidade para a próxima gestão, elegerá nova diretoria e os delegados para o Congresso nacional da CUT.

Iniciou-se, no dia 20 de Março, o processo Congressual da CUT-MG, que além de determinar os rumos da entidade para a próxima gestão, elegerá nova diretoria e os delegados para o Congresso nacional da CUT.

O Manisfesto Classista, que lança a candidatura de Jota à Presidência da CUT, é um importante marco deste congresso que ocorre em uma conjuntura nacional de intensa crise política desencadeada pelas elites mais reacionárias brasileiras.

O Documento pauta também a questão do desenvolvimento econômico como foco para as discussões do congresso, propondo um novo modelo de desenvolvimento com distribuição de renda, centrado principalmente na valorização dos trabalhadores, tanto da iniciativa privada quanto do setor público.

Sobre a CUT-MG a Corrente aponta a necessidade de um resgate das entidades sindicais filiadas à CUT para um novo período de relacionamento, com politização e maior mobilização a partir deste Congresso.

A CSC-MG tem como centro  a construção de um novo projeto de nação, na qual a Central Única dos Trabalhadores desempenhe papel protagonista. Para isso apresenta o nome do operário José Antônio de Lacerda, O JOTA, para encabeçar esta nova direção da Central, que poderá ser decisiva para o próximo período histórico, de Minas e do Brasil.

Leia abaixo o Manifesto Classista.
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MANIFESTO CLASSISTA – JOTA PRESIDENTE

Os trabalhadores e trabalhadoras de Minas Gerais, representando dezenas de entidades sindicais, filiadas a Central Única dos Trabalhadores, iniciam no próximo dia 20 de março, o processo congressual da entidade (eleição de delegados, plenária congressual  e eleição da nova direção para o triênio 2006 a 2009).

 

O congresso da CUT ocorre num período de intensa crise política desencadeada pelos representantes da mais reacionária elite brasileira. Esta elite tentou e continuam tentando de todas as maneiras desmoralizar o Governo do Presidente Lula, com claro objetivo de retomar o controle do governo central. Neste mesmo período, ocorre uma batalha política decisiva para o país, iniciado pelo atual governo brasileiro, no sentido de realizar profundas mudanças no modelo neoliberal, herdado do governo FHC, para um novo modelo de nação, que tenha como centro a soberania nacional com desenvolvimento e valorização do trabalho.

 

Esta disputa ganha contornos ainda mais nítidos quando deparamos no Estado de Minas Gerais, com o Governo de Aécio Neves, de claro viés neoliberal, que durante três anos conduziu Minas Gerais para o maior ajuste fiscal de sua historia (Déficit Nominal Zero).

 

Este ajuste retirou vultosos recursos do orçamento estadual, que deveriam ser aplicados em políticas publicas (educação, saúde, segurança, etc.) direcionando-o para o mercado financeiro, em detrimento dos trabalhadores e das políticas públicas. A condução desta política neoliberal não permitiu ao Estado de Minas Gerais criar as condições estruturais para desencadear um novo ciclo de desenvolvimento econômico com  distribuição de renda e geração de emprego.

 

É em torno desta disputa de projetos de Estados e de Nação que ocorre o congresso da principal central sindical do país e também de Minas Gerais. È, portanto envolto a este clima político que ganha dimensão a formação da nova direção da Central Única dos Trabalhadores, nucleada por novo projeto de desenvolvimento nacional, com valorização do trabalho, com plena autonomia e independência frente aos governos e que esteja intensamente vinculada a um intenso processo  de mobilização dos trabalhadores mineiros e brasileiros.

 

A questão do desenvolvimento econômico esta na pauta política do país. Contudo, para os trabalhadores não podemos  aceitar qualquer modelo de desenvolvimento. O Brasil precisa de um novo e prolongado ciclo de desenvolvimento econômico, com distribuição de renda, centrado principalmente na valorização dos trabalhadores, tanto da iniciativa privada, quanto do setor publico. Para alcançar estes objetivos, a CUT deverá exercer a mais ampla  autonomia e independência frente aos governos, pressionando-os para a condução do novo modelo de desenvolvimento para o país. A este processo, a CUT deverá construir a mais ampla unidade com os sindicatos de sua base, permitindo uma nova reaproximação qualitativa e quantitativa, para desencadear um grande processo de mobilização e de luta social no país.

 

Há, neste contexto, uma urgente necessidade de resgatar as entidades sindicais filiadas à central para um novo período de relacionamento. Não é mais possível realizar os nossos congressos onde os delegados e delegadas são usados apenas como massa de manobra para disputas de forças políticas. O congresso da CUT -MG deverá privilegiar o debate político e sindical, aproveitando integralmente o potencial de todos os trabalhadores e trabalhadoras. Nesta conjuntura difícil para o movimento sindical, não podemos submeter nossas entidades e seus representantes em meros levantadores de crachás, a marca deste congresso estadual deverá ser da politização e da mobilização.

 

É, portanto, em torno deste novo projeto de nação, que tenha como protagonista a Central Única dos Trabalhadores, classista, unitária e de luta, que a Corrente Sindical Classista apresenta o operário José Antonio de Lacerda, O JOTA, para encabeçar esta nova direção da central que poderá ser decisiva para o próximo período histórico, de Minas e do Brasil.

De Belo Horizonte
Wellington Santos