Repúdio ao terrorismo do Estado de Israel

O míssil desfechado pelo exército israelense à sede do escritório da Autoridade Palestina, em Gaza, no último domingo, “foi um ataque a um símbolo nacional palestino”, nas palavras de Ismail Haniya, primeiro ministro palestino. Concluiu ele em seguida: — “Conclamamos a comunidade internacional e a Liga Árabe a assumir suas responsabilidades com o nosso povo e a intervir para dar um fim a esta agressão”.

 

Também o presidente palestino Mahmud Abbas, que estava realizando esforços para a libertação do soldado israelense por milicianos palestinos, qualificou o ataque como terrorismo de Estado e chamou os povos do mundo a condená-lo sem reservas. Considerou esta última escalada militar israelense como um ato ilegal de castigo coletivo que reforça a lógica da violência e nega a lógica do diálogo.

 

 Em ação descomunal, as tropas israelenses prenderam oito membros do Hamas que servem no gabinete palestino e mais de 20 legisladores palestinos. Ataques aéreos foram desfechados contra a única estação de eletricidade da região, rodovias e pontes estão sendo bombardeadas e vários outros objetivos civis são alvos de ataques. Além de ceifar a vida de civis, pretendem destruir a precária infra-estrutura da região de Gaza.

 

 

“Os atos de violência praticados contra os representantes do povo palestino e a invasão da Faixa de Gaza, o sofrimento e a violência impostos à população civil decorrente da ocupação israelense não ajudam a resolver os problemas da região, nem promovem as negociações para a libertação de Gilad Shalit, muito menos evitam a violência contra civis. Esses atos, infelizmente, só fazem crescer a violência, sendo a população civil palestina quem mais sofre com toda essa situação” – diz uma nota divulgada pela Delegação Especial da Palestina no Brasil, assinada pela embaixadora Mayada Bamie, a respeito dos últimos acontecimentos em Gaza.

 

Diante dessa nova carnificina contra o povo árabe-palestino, as forças políticas progressistas e populares do nosso país são chamadas a manifestar seu repúdio contra essa escalada de violência sionista e expressar sua solidariedade ao povo palestino e ao seu governo. É inadmissível que a Organização das Nações Unidas e seus organismos de direitos humanos fiquem de braços cruzados ante a esses crimes de guerra praticados pelo terrorismo de Estado israelense.