Movimentos sociais: pelas mudanças, contra o retrocesso

O 2º Fórum Social Brasileiro realizado na semana passada em Recife, proclamou em alto e bom som que a disputa pela presidência da República não é uma questão restrita aos partidos políticos. É uma pauta, também, de primeira grandeza dos movimentos do povo e das entidades dos trabalhadores.
O manifesto aprovado na Plenária dos movimentos sociais, ponto alto do Fórum, reafirmou a correta concepção de que nenhum país venceu sem a luta e a mobilização de seu povo. Dessa maneira sublinha que a “construção de um Brasil soberano, justo e desenvolvido passa necessariamente pelo fortalecimento dos movimentos sociais".
E numa referência clara ao confronto da sucessão presidencial, já em acirrado estágio, os movimentos  proclamam: “É preciso mobilizar o povo para impedir o retrocesso e exigir o avanço das mudanças. O Brasil precisa avançar, libertar-se do neoliberalismo e enveredar d maneira sustentada por um caminho de desenvolvimento nacional, democrático e popular.”
Em outras palavras. Os movimentos e entidades do povo não querem que o país retroceda aos 90 quando a direita neoliberal governou contra o Brasil e o povo. E nestas eleições, o retrocesso, tem nome: chama-se Geraldo Alckmin. Por outro lado, nos debates realizados no Fórum houve a convergência de que a reeleição de Lula é essencial para que a luta pelas mudanças prossiga no Brasil e, também, para que tenha andamento o processo de integração sul-americana.
E convictos de que a luta avança não apenas com as mobilizações de rua, mas também com idéias e propostas, a Plenária Nacional dos Movimentos aprovou o manifesto “Projeto Brasil — por um projeto de desenvolvimento nacional, popular e democrático.” Este texto contém propostas referentes à soberania, ao desenvolvimento, a democracia e aos direitos do povo.
E ante ao aumento da violência política do conservadorismo contra o governo na qual a direita volta cogitar o impeachment do presidente Lula, reforçados pelas idéias debatidas no Fórum, importantes entidades do movimento social e os partidos de esquerda PT, PSB e PCdoB reuniram-se no último dia 25, na sede da CUT, em São Paulo, e anunciaram que essa investida golpista será repudiada por manifestações do povo nas ruas. A resposta começa, agora, nas comemorações do 1º de maio a qual seguirão outras manifestações.
O melhor antídoto contra a arrogância da direita e veneno que ela destila é o povo nas ruas  bradando contra o retrocesso e lutando por suas bandeiras e pelo avanço das mudanças.