Unidade já, para vencer em outubro

Uma urgência se impõe ao campo democrático, progressista e patriótico – trabalhar para construir, desde já, a unidade necessária para obter a indispensável vitória nas eleições de outubro próximo. Unidade para tirar o Brasil da crise e reverter o retrocesso promovido pelo governo golpista de Temer. Em pouco mais de dois anos o povo brasileiro viu sua vida piorar graças ao desmonte dos direitos sociais e das políticas públicas implementadas nos governos de Lula e Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, avançam as privatizações e a entrega do patrimônio nacional, a retomada do crescimento econômico não passa de um discurso enganador, enquanto o desemprego se alastra e a precarização do trabalho aumenta de forma acintosa.

Na esquerda e em diversos segmentos sociais multiplicam-se proclamações pela unidade – elas precisam passar das palavras aos atos. E o caminho para isto é o programa de retomada do desenvolvimento e da democracia, sobre o qual não há divergências de fundo. E que deve se combinar com um projeto de nação, soberana, autônoma e democrática, onde haja verdadeiramente lugar para todos os brasileiros sinceros, de todos os matizes ideológicos e sociais, que possam conviver com igualdade sob o mesmo lábaro estrelado cantado no Hino Nacional. Unidade que só rejeita os trânsfugas aliados do imperialismo, que traem a nação e vendem suas riquezas, a preço vil, a seus patrões estrangeiros. Como o governo de Michel Temer se esmera em fazer.

Esta é a estratégia eleitoral para derrotar a direita em outubro: a unidade, como proclamou, neste domingo (22), o Partido Comunista do Brasil. Estratégia cujo centro deve ser a vitória eleitoral em outubro. E que, para isso, impõe a união de todos os democratas, progressistas e patriotas em torno de uma candidatura capaz de buscar apoio nos mais amplos segmentos da nação, preocupados em superar o difícil momento em que vive o Brasil e o povo brasileiro.

O momento exige grande responsabilidade dos partidos do campo progressista. PT, PDT, PCdoB, PSB e PSOL, juntos com outras organizações da sociedade, personalidades e lideranças sociais e políticas, estão desafiados a buscar caminhos para construir a unidade, já no primeiro turno, para derrotar a agenda neoliberal, antidemocrática e neocolonial de Alckmin (que é a continuidade reconfigurada do governo golpista), Temer e o candidato de feição fascista Jair Bolsonaro. O Brasil precisa iniciar um novo ciclo de desenvolvimento soberano, com criação de empregos, distribuição de renda e fortalecimento dos direitos de todos os brasileiros.