A importância da batalha política e eleitoral no Maranhão

No curso da luta pelo poder político central nas eleições de 5 de outubro vindouro – entre a presidenta Dilma Rousseff e a oposição neoliberal e conservadora liderada pelo candidato do PSDB Aécio Neves –, uma batalha estadual assume importância capital para todos os que se empenham por um Brasil democrático e de progresso social. Trata-se da eleição a governador do Maranhão, que se desenvolve em torno da candidatura de Flávio Dino, do Partido Comunista do Brasil, à frente da coligação Todos pelo Maranhão, contra a do candidato do continuísmo oligárquico, Edinho Lobão.

As circunstâncias históricas fizeram com que, no plano local, recaísse sobre os ombros de um comunista a responsabilidade de liderar um amplo movimento democrático e popular para pôr cobro à hegemonia política e administrativa da mais longeva oligarquia exercendo o poder estadual no Brasil, uma família e grupo político que se encastelou no Palácio dos Leões e em todas as instituições do estado há cinco décadas.

Para se perpetuar no poder estadual, a oligarquia usou condenáveis métodos: a violência contra adversários políticos, o tráfico de influência, o patrimonialismo e a indissolúvel aliança com quem estivesse no governo federal. A oligarquia maranhense foi um dos esteios da ditadura militar e, nos anos mais recentes, base de sustentação das forças conservadoras e neoliberais.

Nos aspectos econômico e social, o grupo político hegemônico manteve o Maranhão no atraso e seu povo na miséria. O Índice de Desenvolvimento Humano do estado é o segundo pior do Brasil.

Derrotar o grupo político que exerce o poder no Maranhão há 50 anos e afastá-lo do poder são imperativos da modernidade, que correspondem à necessidade de pôr o estado, sua gente laboriosa, bela e criativa, em linha com as tendências contemporâneas de democratização da vida política, desenvolvimento econômico e justiça social. Como afirma o candidato Flávio Dino, é preciso “virar a página do passado e mudar o Maranhão”.

Por isso, a coligação Todos pelo Maranhão, sendo a expressão de profundos anseios populares e do fortalecimento da consciência democrática da sociedade maranhense, é também a força que representa a unidade em torno de um arrojado programa de mudanças, consubstanciadas nas Propostas para um Maranhão com Desenvolvimento e Justiça Social, de que Flávio Dino é o mais credenciado porta-voz. “São 65 propostas capazes de impulsionar o novo ciclo de desenvolvimento e justiça social para todos os maranhenses”, disse o candidato. Essas propostas referem-se a um abrangente leque de questões, como saúde, segurança, educação, moradia, indução ao desenvolvimento, democracia, transparência e combate à corrupção, que sempre assolou a vida política, econômica e administrativa do estado.

A eleição para governador do Maranhão está intimamente ligada à sucessão presidencial. Um projeto de mudança efetiva no estado só poderá ser implantado num quadro político geral democrático e progressista, o que significa que a luta para eleger Flávio Dino governador é indissociável do empenho das forças políticas mais avançadas do país para reeleger Dilma Rousseff.

A eleição de Flávio Dino ao governo do Maranhão constituirá também um passo a mais na acumulação de forças pelos partidos progressistas, inclusive o Partido Comunista do Brasil, que com esta candidatura reforça seus compromissos e responsabilidades com a nação. Como disse o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, nesta terça-feira (5), "eleger Flávio Dino governador do Maranhão é uma prioridade do Partido, nosso dever para com o país".