Pesquisas, tergiversações dos adversários e realidade da luta

A mídia golpista e os candidatos oposicionistas Aécio Neves e Eduardo Campos ficaram muito assanhados com os resultados da última pesquisa Datafolha. Viram na sondagem indicação de perda de confiança do eleitorado na presidenta Dilma Rousseff. Em posição que denota, no mínimo, calaçaria mental e pobreza de análise, especulam, tergiversam e anunciam que a oposição vencerá as eleições presidenciais de outubro vindouro. Agem como torcedores infantis de futebol, que cantam vitória antes da bola rolar, para sentir o travo amargo da derrota depois dos 90 minutos.

Para cúmulo da tergiversação, ambos os candidatos oposicionistas pretendem capitalizar a seu favor os dados mais demolidores para eles – a evidência de que não crescem, a indicação de que a presidenta se reelegeria em primeiro turno e a revelação do imenso prestígio de Lula, assim como da capacidade que tem de convencer o eleitorado a votar em quem ele apoiar.

Tomam a intenção de voto em Lula – quesito desnecessário e especulativo, porquanto o ex-presidente não é candidato – como sinal de desgaste da presidenta Dilma e pretendem usar a informação como fator de desestabilização e crise nas hostes petistas, opondo Lula a Dilma, com o pretenso movimento “Volta, Lula”.

Aécio e Campos diferenciam-se neste quesito por questão, digamos, de oportunidade. O senador mineiro, num arroubo diz que “tanto faz enfrentar Lula como Dilma”, enquanto que o ex-governador de Pernambuco aposta em que o “Volta Lula” trará mais prejuízos do que benefícios à candidatura de Dilma. Para o candidato da coalizão PSB-Rede-PPS, “o volta Lula é uma confirmação da base aliada ao governo de que ela (a presidenta Dilma) iria entregar crescimento, mas entregou inflação. As duas marcas que tinha estão afetadas, a de ser eficiente na gestão e de que deixaria uma faxina moral no governo”.

Campos segue o caminho que escolheu de fazer desabridos ataques à presidenta Dilma, em seu afã de credenciar-se como o porta-voz das forças que querem interromper o ciclo político iniciado com a eleição de Lula em 2002 e confirmado com o bom mandato que faz a presidenta Dilma.

Por senso oportunidade, nada mais que isso, isenta o ex-presidente de críticas, pois seu interesse eleitoral manda que centre o fogo dos ataques na atual mandatária.

O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão deu a resposta adequada: “Lula é Dilma. Não é uma mudança contra a Dilma, é uma mudança com o nosso campo e no nosso campo”, disse, referindo-se ao desejo de mudanças na situação do país que se expressa no dia a dia das lutas do povo brasileiro.

Efetivamente, para as forças de esquerda, as mudanças necessárias traduzem-se em avanços, reformas estruturais, aprofundamento da democracia, desenvolvimento nacional, justiça social, política externa anti-hegemônica. São mudanças dentro da continuidade de um governo progressista, o que tem por pressuposto a reeleição da presidenta Dilma.

O quadro político atual aponta que a disputa eleitoral será acirradíssima. O governo está sob cerco e chantagem do capital financeiro internacional e sob uma furiosa onda de ataques oriundos da mídia conservadora e dos candidatos oposicionistas. Mesmo assim, Dilma continua liderando as sondagens e os candidatos oposicionistas Aecio Neves e Eduardo Campos não crescem, numa demonstração de que não merecem a confiança do povo brasileiro.

Este é o ponto de partida para as forças progressistas e de esquerda entrarem em ação para a conquista do voto que assegurará a quarta vitória do povo, com a reeleição de Dilma Rousseff.