Venezuela: Entre as tarefas revolucionárias e os golpistas

As oligarquias reacionárias venezuelanas, em conluio com o imperialismo estadunidense e a mídia privada monopolista mundial, estão tentando tirar proveito da delicada situação de saúde do presidente Hugo Chávez para desestabilizar o país, com uma campanha inumana, de rumores, mentiras e provocações de todo o tipo. Despudoradamente, desejam o pior para o presidente que mais de uma vez já proclamaram como morto.

A tal ponto chegaram que o vice-presidente executivo Nicolás Maduro foi a público na última sexta-feira, 1º de março, fazer um desabafo: "Hugo Chávez é o paciente mais assediado da história do país. Até onde vão chegar, burgueses? Basta de utilizar uma situação delicada para criar desestabilização", declarou.

Ao mesmo tempo, o governo venezuelano, ante essa situação, tem reiterado chamamentos ao povo para que mantenha a unidade, a força e a confiança.

A Chávez o vice-presidente voltou a mandar uma mensagem de força e a tranquilizá-lo, pedindo que se concentre em seu tratamento e em sua luta pela vida, pois – ressaltou – “aqui há um povo para apoiá-lo e saberá continuar desenvolvendo o plano da Pátria”, como é conhecido o programa socialista de governo.

O governo bolivariano está apostando também na consolidação das instituições democráticas da Revolução, “uma democracia viva”, que é sem dúvida uma das maiores conquistas que a Venezuela atingiu, a par dos sucessos no plano social e da integração continental.

A referência à consolidação da democracia popular, à educação do povo e à elevação do seu nível de consciência política, à sua capacitação para tomar decisões e se mobilizar para defender suas conquistas quando for este o chamado da Pátria, é elemento importante na delicada situação que o país vive, porquanto um dos pretextos para os complôs e planos de desestabilização das classes dominantes retrógradas e o imperialismo é a suposta falta de democracia.

A Revolução bolivariana, em cujo vértice está o governo legítimo liderado pelo presidente Hugo Chávez é, como bem a definiu Maduro, “uma democracia viva com poderes públicos dinamizados, funcionando, com o povo opinando, em plena liberdade pública (…) uma democracia verdadeiramente popular”. Dessa democracia é inseparável a inspiração e a atividade do presidente Chávez desde que convocou em 1999 a Assembleia Constituinte, que plasmou uma Constituição que assegura o protagonismo popular.

Este protagonismo, a unidade em torno dos princípios da Revolução Bolivariana e de seu dirigente e a mobilização para assegurar conquistas econômicas e sociais se vinculam diretamente com o rumo socialista peculiar da Venezuela, com a aplicação do Programa da Pátria, vitorioso nas eleições presidenciais de 7 de outubro do ano passado, o que pavimenta o caminho para a consolidação de um modelo social inclusivo, de proteção do povo, de estabilidade econômica e de democracia.

Vale lembrar que esse plano foi traçado pelo próprio presidente Chávez e aprovado pelo povo, o que torna ainda mais clara a importância da sua liderança para os destinos da Venezuela.

É com essa compreensão que o vice-presidente Nicolás Maduro proclamou: “Vamos com Chávez, vamos com o projeto bolivariano, vamos seguir construindo uma sociedade que verdadeiramente consolide o destino grande, a Pátria de Simón Bolívar”.

Em flagrante contraste com essa disposição de luta e essas perspectivas, o candidato derrotado por Chávez, Henrique Capriles, que se pretende líder da oposição, está realizando frenética atividade conspirativa, inclusive fazendo périplos no exterior – nomeadamente na Colômbia e nos Estados Unidos – onde foi mobilizar apoio político e financeiro para a sua saga golpista, sempre com o discurso referenciado na enfermidade do presidente, na suposta falta de transparência do governo na informação à opinião pública e no suposto vazio de poder.

São dois campos opostos, duas orientações distintas. A Venezuela de Chávez e Maduro está preparando-se para dar continuidade às tarefas revolucionárias. Conta com o povo consciente e mobilizado, com a ampla aliança do Polo Patriótico, com as Forças Armadas Bolivarianas patrióticas e tem nas mãos uma Constituição que o governo, sem sombra de dúvidas fará respeitar.