Estamos atentos, estamos vivos
Tal como na canção, 'apesar dos castigos/Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos/Pra nos socorrer…’
Publicado 01/11/2018 14:57
Novo tempo de resistência.
Em muitas dimensões: há muito que cuidar para compreender o que se passou e lutar melhor mirando novas vitórias que haverão de vir.
Cuidar da análise cuidadosa da situação concreta: a nova correlação de forças inicialmente é francamente adversa.
Cabem passos sensatos, aguerridos mais comedidos, do tamanho das pernas.
Ir mais abaixo e mais a fundo para elucidar a realidade e se vincular às grandes massas desguarnecidas de esperança e de esclarecimento. A maioria votou contra seus próprios interesses sem disso ter consciência.
Conviver com a disputa precipitada e insana por uma hegemonia que se quer hereditária, mas está em aberto.
Quem se unirá com quem em favor de quê? Não haverá escapatória à margem de uma ampla frente em torno de bandeiras consistentes e associadas às necessidades e aspirações da maioria.
Aos comunistas, parcialmente vitoriosos, porém amargando a contingência negativa da cláusula de barreira, o desafio de considerar todas as variáveis que concorrem para redução da sua base eleitoral — com muita paciência e clarividência autocrítica.
Avançar é necessário e é possível.
Mas não há possibilidades de bem explorar as posições conquistadas e recuperar terreno onde as coisas não foram bem subestimando a luta de ideias. Qualificar o debate é necessário.
O golpe agora se institucionaliza através do voto. Se tentará impor o modelo ultra liberal às custas da redução de direitos e da ampliação da exclusão de milhões do sistema produtivo.
Se aprofundará o realinhamento externo, agora francamente a mercê dos ditames norte-americanos.
Se tentará criminalizar a oposição democrática e os movimentos sociais.
Por isso, como indica o PCdoB, a resistência é agora em todas as esferas da vida política e social do país: no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativa e Câmaras Municipais, nos movimentos sociais, as organizações da classe trabalhadora, segmentos do empresariado, o universo acadêmico, a intelectualidade, os artistas, o mundo jurídico, setores religiosos, e inclusive para os integrantes de instituições da República, os governadores e os prefeitos do campo democrático.
Estamos atentos e vivos e a luta segue.