Separar o joio do trigo

O tucano Geraldo Alckmin é a principal aposta das classes dominantes para evitar uma solução de continuidade da desastrosa política de restauração neoliberal imposta ao povo e à nação brasileira pela cleptocracia liderada por Michel Temer. O candidato promete total subserviência ao mercado (leia-se banqueiros, capitalistas e especuladores nacionais e estrangeiros) e não se cansa de dizer a que veio.

Batizado pelos críticos de Picolé de Chuchu, o ex-governador paulista defendeu quinta-feira (2) a extinção do Ministério do Trabalho. Também prometeu manter a reforma trabalhista, para decepção de alguns líderes do Solidariedade, e realizar a Reforma da Previdência, que o desacreditado e impopular Temer não conseguiu concretizar.

Deduz-se disto que o tucano representa as mesmas classes sociais que patrocinaram o golpe de Estado de 2016 (um golpe do capital contra o trabalho), com o concurso do MDB e do PSDB, além do DEM e outras agremiações de menor projeção. É um político da direita neoliberal que, a serviço da burguesia e do imperialismo, joga contra os interesses da classe trabalhadora, do povo e da nação, embora alardeando o contrário.

As eleições de outubro serão decisivas para o futuro do Brasil e podem abrir caminho para a derrota das forças reacionárias e reversão do golpe disfarçado de impeachment que afastou Dilma e entronizou Temer e Cia no Palácio do Planalto. A classe trabalhadora e o eleitorado podem conquistar uma quinta vitória, mas nas urnas, a despeito do diversionismo midiático, será preciso separar o joio do trigo, identificando mais uma vez os verdadeiros e os falsos amigos do povo. Alkmin é do último tipo.

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