O juiz tirou o brilho da vitória francesa

A frase “a ciência é neutra, o cientista não”, atribuída ao cientista francês Louis Pasteur, nunca foi tão validada como nos tempos atuais, especialmente depois que a França sagrou-se bicampeã do mundo a partir de dois gols originados por uma falta inexistente e um pênalti duvidoso.

A França poderia ter ganho a copa do mundo da FIFA sem essa “ajuda”. Seu desempenho na Rússia, onde superou seus adversários sem maiores transtornos, certamente lhe qualificaram para o título, sem demérito das demais seleções concorrentes. Razão pela qual a desastrosa atuação do juiz não apenas ofuscou seus êxitos na copa como, também, lançou dúvidas sobre uma vitória que poderia ocorrer sem qualquer questionamento.

Os cientistas não são neutros porque, como bem identificou Pasteur, eles tem pátria e ideologia, logo convicções e interesses próprios. Fenômeno, aliás, extensivo a todas as demais atividades e profissões como o mundo jurídico no Brasil tem demonstrado ao popularizar a máxima de que “nós não temos prova, mas temos convicções”.

Sempre restará dúvidas se a atitude do juiz teria sido a mesma se, por acaso, o adversário da França não fosse a Croácia, uma pequena nação dos Balcãs, que até a poucos anos atrás fazia parte do bloco liderado pela então URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).

Honestamente eu creio que não. Ali, diante do apito, estava não apenas uma mente colonizada e treinada para tentar reproduzir acriticamente o mundo europeu nos trópicos mas, certamente, uma ideologia avessa a qualquer experiência popular, por mais pálida que tenha sido a experiência da Iugoslávia, de onde se desprendeu a Croácia a partir do colapso da União Soviética.

Uma disputa que, qualquer que fosse o resultado seria justa, na medida em que não se pode pôr em dúvida os méritos de quem chega a uma final de copa do mundo, acabou sendo ofuscada pela “mão grande” do juiz que brindou a França com um gol oriundo de uma falta inexistente, o que sem dúvidas contribuiu para desequilibrar uma disputa que claramente se inclinava para a Croácia.

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