Vamos falar de política

 Hoje, 7 de maio, exatamente cinco meses antes do primeiro turno das eleições de outubro é preciso que o movimento sindical comece a falar – melhor dizendo, a fazer – política.

Não me refiro à partidarização dos sindicatos em que a entidade é uma mera correia de transmissão. Refiro-me à preocupação do movimento sindical em participar ativamente das eleições privilegiando candidatos capazes de, se eleitos, acatarem a pauta unitária.

Em pelo menos dois pontos chaves o futuro Congresso Nacional, a ser eleito, deve votar atendendo às reivindicações sindicais: revogação ou mudanças drásticas na lei trabalhista celerada e manutenção da política de reajuste do salário mínimo.

Alguns candidatos a presidente já se manifestaram contrários à lei trabalhista defendendo sua revogação.

Estas posições corajosas precisam ser fortalecidas na dinâmica das campanhas com a maior influência possível do conjunto de nossa pauta e a presença nelas de dirigentes qualificados capazes de dar peso efetivo às nossas demandas e ao avanço das próprias campanhas.

Nas eleições para cargos legislativos, principalmente para deputados federais e senadores, é imperiosa a escolha, desde já, de candidatos simpáticos às nossas pretensões, com viabilidade eleitoral e pertencentes a diferentes partidos que favoreçam suas vitórias.

Mesmo que importantes setores do movimento se submetam ainda a uma tática eleitoral partidária que os paralisa e os impede de assumir abertamente o apoio a candidatos que não sejam aqueles determinados por seus partidos (o que configura um entrave a uma tática sindical ampla e efetiva) o movimento sindical como um todo precisa enfrentar, com a máxima unidade, o desafio eleitoral escolhendo – sem discriminação – candidaturas viáveis, coerentes e aliadas e participando desde já de suas campanhas, porque cinco meses é muito pouco tempo para tantas tarefas.

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