PCdoB: Um partido para um novo tempo

A palavra Partido significa exatamente a “parte de um todo”. Significa que representa uma parte da sociedade, preferencialmente uma determinada classe social.

A maioria dos partidos se apresenta como representante de “todos”. Procuram, a bem da verdade, esconder seu verdadeiro caráter de classe, na medida em que, com regra, representam os interesses da classe dominante, da burguesia.

Outros, sob o pretexto de assegurar “democracia interna”, se estruturam em torno de grupos e facções, cuja ideologia e ação prática muitas vezes são diametralmente opostos. As disputas internas são mais intensas e violentas do que o combate oferecido a forças alheias às fileiras do partido.

Os partidos surgiram assim e a maioria deles continua com essa estrutura. São, portanto, partidos de tipo antigo, incapazes de liderar de forma consequente qualquer transformação social de caráter popular.

Foi a partir dessa constatação que Lenin teorizou o chamado “partido de novo tipo”. Esse partido se caracteriza pela clareza ideológica, como representante do proletariado. Defensor intransigente dos direitos dos trabalhadores, da soberania nacional e do desenvolvimento integral da sociedade. Assegura a mais ampla liberdade de opinião interna, mas se alicerça no princípio do centralismo democrático, onde a vontade da maioria sempre prevalecerá. O todo sempre será maior do que a parte, por mais notável e distinta que seja essa “parte”.

Na lista de mais de 35 partidos registrados no TSE, todavia, apenas o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) se orienta por essa concepção de partido de novo tipo.

Sem a existência de um partido com essas características é muito improvável que surja qualquer alteração de monta na sociedade. Os recentes acontecimentos no Brasil e mundo afora bem demonstram a força dessa assertiva.

Por isso, no momento em que celebramos 96 anos de existência do PCdoB, é preciso colocar na ordem do dia a estruturação do partido para que ele possa cumprir adequadamente sua missão histórica.

Nunca foi tão atual a consignia de “cuidar mais e melhor do Partido”, como teorizou o camarada João Amazonas.

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