O Guerrilheiro da Esperança

(canto de afeto e saudades a Paulinho Fonteles)

Ao saíres da festa assim tão cedo, amigo,
o que deixas?

O maciço vazio de tua ausência?
Os cantos de vitória não proferidos?
Céus rubros por assaltar?
Ou a fuligem dos dias não contabilizados
de um devir mais que acreditado?

Ou seria a mão inversa?:

As sementes plantadas no chão araguaio,
os poemas prescritos aos que acreditam e pugnam,
o coração farto da generosa aventura da vida
– mais que vivida: ganha a cada dia?

Levaste e deixaste tudo, amigo.
Ficamos nós com teu legado nas mãos.

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