A hora é de luta e resistência

O relatório aprovado nesta quarta-feira (28), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por 16 a 9, fere de morte a história do movimento sindical brasileiro que, ao longo de todo o século XX, resistiu e lutou contra as mazelas do capital e em favor dos direitos da classe trabalhadora.

A reforma trabalhista do presidente ilegítimo Michel Temer não é apenas perversa, ela rompe com qualquer horizonte de retomada do crescimento com geração de emprego e renda, e coloca na mão do empresariado o chicote da precarização e da escravidão moderna.

Aos empresários são dadas as condições plenas para encher as burras de dinheiro, aumenta a cesta de lucros e subordinar a classe trabalhadora a trabalhar mais e ganhar menos. E mais, aos donos do capital é dada a conveniência de, a depender dos ciclos econômicos, ajustar os salários a partir das orientações das agências internacionais.

O ataque vem de todos os lados. Além da retirada brutal dos direitos, a Justiça do Trabalho, espaço de garantia do respeito à Lei e aos direitos, sofre um desmonte brutal liderado pelo atual governo. Sem proteção ou mesmo onde buscar ajuda, nosso povo entrará em um ciclo de desalento e será condenado a um futuro de pobreza e fome.

O movimento sindical é convocado para resistir e salvaguardar não só os direitos mais também o sindicato como escudo de defesa contra a sanha do capital. Nesse momento a unidade da classe trabalhadora é vital para fortalecer a luta, que será árdua e de grande envergadura.

O caminho será reforçar a ação em todas as esferas da sociedade e um movimento sindical vigilante, que amplie suas raízes e fortaleça as estruturas nas bases da classe trabalhadora é fundamental para atravessarmos essa etapa da luta, barrar o retrocesso desse que já é o maior ataque ao nosso povo, visto na história do nosso país.

Dia 30 de junho deveremos ganhar as ruas, mostrar nossa indignação e lutar contra o projeto que pode acabar com qualquer expectativa de futuro.

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