Preparar a Greve Geral

Temer prometeu o paraíso ao seu consórcio golpista, por enquanto está entregando o inferno. Se não bastasse as operações policiais/judiciárias, que tanto tem incomodado os seus aliados, uma legião de 13 milhões de desempregados é um espectro que assusta a qualquer um que tenha um mínimo de capacidade de análise crítica.

Se a esse caldeirão for adicionado o fracasso da economia, que nem a mais otimista das avaliações consegue vislumbrar, no curto e médio prazo, algo que não seja tragédia, fica claro porque o nervosismo incendeia as hostes governistas e a deserção já se iniciou.

E, como se fosse pouco tanta tragédia, Temer só anuncia maldades e ataques aos direitos basilares dos trabalhadores, sendo a terceirização e a reforma da previdência as duas mais salientes, mas não as únicas, nesse eterno rol de agressão ao povo.

Como Temer só tem compromisso com o patronato e a banca de especuladores, não há indicação de que ele pretenda recuar, salvo em perfumarias, nas questões essenciais acertadas com o patronato: precarizar relações trabalhistas e golpear aposentadorias.

Nessa hora, na tentativa de salvarem seus mandatos do naufrágio anunciado, os aliados de ontem começam a abandonar o barco e a celebrar novos pactos.

Da parte do movimento popular, alem de estar atento a esses movimentos e de não ser indiferente a qualquer mecanismo que possa cindir pelo menos parte da classe dominante, é imperioso que se intensifique uma intensa agenda de ações políticas e que se agregue, sem qualquer preconceito, todos, absolutamente todos que desejarem se contrapor a essa pauta de arrocho e agressões aos direitos do povo.

Nesse sentido a Greve Geral não pode ser vista como mais uma ação, mas como a ação, forte o suficiente para isolar ainda mais o “governo” Temer e, consequentemente, contribuir para impedir que as ações anti-povo continuem sendo aprovadas no Congresso Nacional.