114 dias de Golpe: O sucesso das Olimpíadas e os “vira latas”

O sucesso do Brasil nas Olimpíadas, tanto no aspecto esportivo quanto organizacional, deixou a elite econômica nacional – detentora de um extraordinário complexo de “vira latas” – deveras contrariada.

Nem mesmo o sucesso da organização da copa do mundo lhes ajudou a diminuir esse complexo e compreender que um país extraordinário como o Brasil está apto a realizar todo e qualquer evento de escala planetária. Afinal, quem organiza eventos da magnitude dos campeonatos de futebol e do carnaval, certamente poderá realizar qualquer outro grande evento.

Do ponto de vista esportivo foi o melhor desempenho do Brasil em toda a sua existência, alcançando a 13ª colocação e conquistando 19 medalhas: 07 de ouro, 06 de prata e 06 de bronze. Com apenas duas medalhas de ouro a mais – perfeitamente possível – o Brasil se situaria na 8ª posição, ligeiramente a frente da Coreia do Sul.

E a organização também foi aprovada com louvor. Afora detalhes secundários e episódios fortuitos, não houve qualquer fato digno de registro. Os americanos até procuraram criar embaraços inventando um assalto, que a polícia rapidamente demonstrou ser uma farsa. Nem mesmo a “zica” – terror da goleira americana, que foi pra casa mais cedo – apareceu e tão pouco os temidos “terroristas”, numa clara demonstração de que eles são reativos e não proativos.

Mas é preciso que se reconheça o mérito de cada um nessa extraordinária conquista. Em 1º lugar dos atletas – personagens plenos de estórias de superação – e de seus talentos, sem o que seria impossível qualquer conquista. Em 2º lugar dos governos Lula e Dilma, que não apenas viabilizaram a realização desses eventos no Brasil, mas igualmente criaram as condições básicas necessárias para esse sucesso. E, dentro do governo, aos militantes do PCdoB, especialmente os Ministros Orlando Silva e Aldo Rebelo, que diligentemente organizaram e executaram todos os preparativos desses eventos no período em que dirigiram o Ministério dos Esportes.

Hoje, em sã consciência, não há mais “vira lata” que considere jocoso ou fora de propósito o Brasil almejar, em médio prazo, se situar entre as 05 potências olímpicas.

E para que isso se torne realidade é necessário, além de abandonar definitivamente eventuais resquícios de complexo de “vira lata”, dar continuidade aos programas e projetos criados nos governos Lula e Dilma e ter capacidade de olhar o Brasil com a dimensão do que efetivamente ele é: um continente, de onde se pode “garimpar” centenas de talentos que hoje estão escondidos nos sertões do nordeste, no pantanal mato-grossense ou na exuberância da floresta amazônica, como o goleiro Weverton do bravo estado do Acre.

Como a humanidade não se põe problema que não possa resolver, certamente não irá permitir que a concepção de estado mínimo para o povo, que anima os golpistas, impeça o avanço dessa majestosa conquista que acabamos de obter.

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