83 dias de Golpe: 1,4 trilhões para os banqueiros

Os grandes veículos de comunicação, instrumentos da classe dominante, não tem nenhum interesse em explicar como o golpista Temer gasta o dinheiro púbico. Preferem despistar e confundir a população

Falam da "gastança" do legislativo, do judiciário, da previdência e, principalmente, dos programas sociais. Nenhuma palavra sobre a montanha de dinheiro que o governo gastará esse ano com o pagamento de juros (519 bilhões) e o serviço da dívida (881 bilhões), totalizando R$ 1,4 trilhões de reais (46% do orçamento nacional).

Sem mencionar a dilapidação do patrimônio público. O novo presidente da Petrobras, tucano Pedro Parente, acaba de anunciar que uma área do pré-sal avaliada em 22 bilhões foi vendida por apenas 8,5 bilhões de reais, como denunciam os petroleiros. A diferença equivale a duas vezes os desfalques estimados da "lava-jato". Numa bicada os tucanos e Temer levam duas “lava-jato”.

E para arrematar, o "governo" Temer manteve a taxa de juros em 14,25% ao ano. A redução de apenas 1% na taxa de juros evitaria uma despesa da ordem de 29 bilhões de reais. O bolsa família, tão odiado pela elite econômica, consome 28 bilhões de reais.

Mas, afinal, como é gasto o orçamento de 3,05 trilhões de reais da união? Didaticamente, vejamos alguns exemplos de valor e percentual do orçamento.

1 Encargos Financeiros e Refinanciamento da dívida – 1,4 trilhões (46%)
2 Despesa com Pessoal – 266 bilhões (8,7%)
3 Transferência a Estados e Municípios – 246,6 bilhões (8,0%)
4 Bolsa Família – 28 bilhões (0,9%)
5 Justiça Federal – 9,8 bilhões (0,3%)
6 Câmara dos Deputados – 5,27 bilhões (0,17%)
7 Senado Federal – 3,9 bilhões (0,12%)

Provavelmente o leitor menos familiarizado com orçamento público e habituado a não questionar os dados divulgado pelos meios de comunicação deve está impactado com essa realidade orçamentária.

Impactado ao descobrir que a despesa com pessoal não chega a 9%. Que o bolsa família representa míseros 0,9%. E tentando entender como a Justiça Federal e o Congresso Nacional gastam apenas 0,5% do orçamento. Não é que eles ganhem pouco, são os banqueiros, os rentistas, que ganham demais, 46% do orçamento.

Diferente do que o ministro da fazenda apregoa, não é preciso aumentar impostos para assegurar programas sociais, dentre os quais a previdência. Basta reduzir essa criminosa sangria com juros.

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