Eduardo Cunha: Otário metido a malandro 

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 05.05.16, à unanimidade, acatar o pedido do Ministério Público Federal (STF), peticionado em dezembro de 2015, e suspender Eduardo Cunha (PMDB) do exercício do mandato e da presidência da Câmara dos Deputados.

É uma decisão que, embora tardia, revela dois fatos inquestionáveis:

1. Evidencia que Eduardo Cunha acatou o pedido de impeachment do PSDB contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) movido única e exclusivamente pelo sentimento de vindita, sendo natural que todos os seus atos retaliatório sejam anulados;

2. Demonstra, ainda, que Eduardo Cunha é um otário metido a malandro, pois acreditou que ao se prestar a fazer parte do trabalho sujo para a direita (PSDB/FIESP) eles lhes assegurariam a mesma proteção que sempre tiveram contra os escândalos praticados;

Após a decisão do STF, Eduardo Cunha, já na condição de Deputado suspenso e de ex-presidente da Câmara dos Deputados, só encontrou solidariedade de seus “fiéis escudeiros”, figuras caricatas como Paulinho da Força (Solidariedade-SP), Jovair Arantes (PTB-GO), André Moura (PSC-SE), Aelton Freitas (PR-MG), Renata Abreu (PTN-SP) e, por obrigação de ofício, de Leonardo Picciani (PMDB-RJ).

A direita ideológica (PSDB/DEM/PPS), dentre outros, que até ontem lhe fazia salamaleques se apressou em divulgar nota de apoio à decisão do STF. Quanto cinismo! O aliado de ontem, o “herói” da cruzada contra a presidenta Dilma, foi deixado à própria sorte. Precisa urgentemente ser descartado para que eles possam levar adiante a 2ª parte do golpe: empossar um presidente sem voto (Michel Temer, PMDB), cujo eventual vice-presidente seria exatamente Eduardo Cunha. E aí já seria demais.

Na lógica da direita, quando Eduardo Cunha concluiu a principal parte do trabalho sujo, ele perdeu qualquer serventia e se tornou um estorvo, um incômodo. Afinal, os “emplumados” do PSDB/FIESP não podem ser vistos em público na companhia do maior criminoso solto do país. Eles saquearam o país e até hoje estão impunes. Eduardo Cunha acreditou que teria a mesma benevolência, como certamente lhe sugeriram. Ganhou um passe pra casa e talvez pra cadeia, fazendo com que ele passe para a história como o otário metido a malandro.

Eduardo Cunha imaginou que ao patrocinar a farsa do impeachment contra a presidenta Dilma, por encomenda da direita (PSDB/FIESP), o seu trabalho sujo lhe garantiria proteção dos aparelhos de estado controlados pela burguesia. Quanta ingenuidade. Sequer tirou lições da máxima carioca de que “malandro é malandro e mané é mané”.

Infelizmente é essa farsa grotesca que está se processando diante de nossos olhos. As pessoas de bem jamais devem ficar omissas, pois quando você se cala diante do arbítrio a próxima vítima será você. O movimento popular tem feito a sua parte e continuará fazendo. Agora é preciso adotar todas as medidas possíveis para impedir que esse golpe se consolide. Depois tirar lições para evitar que novamente entremos em xeque, ainda não em xeque-mate.

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