Machismo travestido 

A magazine “Isto É” traz esta semana nova matéria paga sobre Dilma. Dói a qualquer jornalista de verdade! Em resumo, destila o chavão machista de que toda mulher que assumir o poder, além de ser corrupta ou incompetente, é sempre doida.

Mesmo que garanta os benefícios sociais (coisa de comunista!), que apresente a Ferrovia Norte-Sul, a ponte de Manaus, as Forças Armadas bem equipadas e um montão de outros feitos nos mais diversos campos. A grande mídia nem quer saber.

É Dilma, aqui; Angela Merkel, na Alemanha; Michele Bachelet, no Chile; ou a candidata Hillary Clinton, nos EUA; seja onde for, o massacre é o mesmo. E o pior é que muitas mulheres aprovam isso. Devem gostar de apanhar!

Delação na caatinga

A delação premiada que levou à captura e morte de Lampião, Maria Bonita e outros membros do grupo, cujas cabeças foram expostas em Piranhas (AL), visava atingir, em verdade, o Padre Cícero Romão Batista.

Agora, o Padim Ciço é quase santo. À época, porém, foi renegado pela Igreja Católica e pela elite da Velha República. Ele era protetor do Rei do Cangaço, assim como o empresário Delmiro Gouveia, que enfrentou a indústria têxtil imperialista, produzindo e exportando fios em vez de entregar o algodão, e por isso foi assassinado.

Cadê o listão 

Tudo bem, apareceu aí a lista das offshores, com gente com foro privilegiado incluída. Mas, o que é muito aguardada é a delação premiada do Marcelo Odebrecht, que o juiz Sérgio Moro (Psdb-PR) quer jogar pra debaixo do tapete.

Tudo bem, também, que o listão da empresa não tenha Lula nem Dilma e cite alguns graúdos do partido dele, mas fica feio tanta proteção, não é? Afinal, é visível que muita gente não se fia na Globo e a mídia alternativa tem mais força do que ele pensa.

Pedaladas retóricas

Comentaristas e âncoras da Vênus Platinada dão nós na língua e embaralham situações diferentes. A figura do Impeachment existe na Constituição, certo. Mas, pra que seja utilizada, precisa de motivos, certo também. Se não tiver, é golpe, mais certo ainda.

O que ocorre, porém, é que, na telinha global, coleguinhas querem de todas as formas transformar as chamadas pedaladas fiscais (ajustes de caixa) em crime de reponsabilidade. Assim, inventaram as pedaladas retóricas.

Tiro no pé 

Na briga contra o Uber, pela reserva de mercado, os taxistas precisariam do apoio das populações das cidades onde o conflito existe. Semana passada, porém, eles pararam o Rio de Janeiro, fechando a Ponte Rio-Niterói, as pistas de acesso ao Santos Dumont e todo o centro da cidade.

Bloquearam também os caminhos de escolas, hospitais, tudo enfim. Assim, fica todo mundo ainda mais a favor do Uber. Tanto melhor.

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